NM/PCS
ImprimirSegundo dados do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD), o refluxo gastroesofágico acomete cerca de 25,2 milhões de brasileiros, o equivalente a 12% da população. O problema se caracteriza pelo retorno do conteúdo do estômago, seja alimento ou ácido clorídrico, para o esôfago, com frequência, sendo que estes elementos podem até mesmo chegar na garganta e na boca.
Em função da acidez ocasionada pelo refluxo gástrico e pelas ânsias, a superfície dos dentes começa a ser afetada, o que pode levar à erosão dentária. “Em geral, o pH oral se mantém entre 6.8 a 7.2. No entanto, quando o refluxo reduz o pH da saliva, tornando-a ácida, ocorre a desmineralização do esmalte dental, isto é, a deterioração gradual da estrutura dentária”, diz o Dr.Sérgio Lago, Mestre e Doutor em Periodontia e Embaixador da S.I.N. Implant System.
Ainda conforme explica o Dr. Lago, nestes casos ocorre um desequilíbrio na troca natural de sais minerais entre os dentes e a saliva. Como resultado, o esmalte dental perde minerais, levando a uma fragilidade crescente e contribuindo para que, ao longo do tempo, aconteçam perdas dentárias.
Por tudo isso, é preciso que haja um tratamento de abordagem multidisciplinar, a fim de prevenir a perda dos dentes em função do problema. “A sinergia entre Dentistas e médicos gastroenterologistas permite a coordenação de estratégias para aliviar os sintomas do refluxo, mas também para manter o equilíbrio do pH na boca, evitando desgastes nos dentes”, diz o especialista. “O objetivo é, acima de tudo, preservar a saúde bucal a longo prazo, oferecendo uma resposta completa e bem coordenada aos desafios que o refluxo traz”, conclui.
Problema instalado: o que fazer?
Quem precisa lidar com a perda dentária causada pelo refluxo deve saber que existem diversas opções de tratamento odontológico, desde restaurações até a instalação de implantes dentários em casos mais avançados. Por isso, é imprescindível que o Paciente agende uma consulta com o Dentista, que está capacitado a oferecer o melhor tratamento, dependendo de cada caso.
“E naquelas situações em que o desgaste é irreversível, a extração do dente, seguida da colocação de implantes dentários, se constitui em uma solução eficaz para restaurar função e estética dentárias”, destaca o cirurgião-dentista.