Coxim
15/10/2013 12:00:52
Apesar dos ambientes distintos, professores se unem para mudar a realidade do país
São histórias diferentes, métodos e ambientes distintos, mas ambos educadores unidos em um único propósito, mudar a realidade do país.
No Brasil, o Dia do Professor é comemorado em 15 de outubro. Durante seu período de formação, esse profissional desenvolve habilidades que o ajudará a lidar com crianças, jovens e adultos que estão em fase escolar, como metodologias de trabalho e didática de ensino. Com o passar do tempo, os professores passaram a desenvolver um papel social maior, estão mais envolvidos e engajados no exercício da profissão, pois as metodologias de ensino mudaram muito de uns anos pra cá. Cada situação impõe desafios aos docentes. Agentes, grades, portões trancados e muros altos, este é o cenário das aulas de educação física do professor Luiz Henrique Botelho Funari, que há dois anos dá aulas aos detentos do Estabelecimento Penal Masculino de Coxim. Funari é um dos 5.036 educadores que dão aulas a pessoas privadas de liberdade em todo o País. Em 2011, o professor recebeu o convite para trabalhar com detentos de todas as idades e com as mais variadas histórias de vida. Apesar do ambiente diferente, o professor conta que o respeito mútuo entre alunos e professores sempre prevaleceu, neste período em que estou aqui nunca houve uma situação inusitada, conflitos ou eventualidades, os detentos respeitam a hora das aulas e extravasam o stress do dia a dia na prática de esportes, explicou. Segundo o professor, desde que a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), através do diretor Edílson Ferreira, assumiu o Estabelecimento Penal, as aulas foram melhoradas e surtiram efeitos positivos na disciplina dos detentos. A administradora da Agepen em Coxim, Maria de Lurdes, contou que a aula de Funari está entre as preferidas dos detentos, dá pra ver o interesse com que eles participam da educação física, apontou. De acordo com a Resolução do Conselho Nacional de Educação, 11,8% das pessoas que estão presas ou em centros de reabilitação são analfabetas e 66% não chegaram a concluir o ensino fundamental. Em 2012, o Brasil tinha 2,3 milhões de professores, entre eles, 415 mil (20%) se dedicam à educação para a diversidade, como é o caso da professora Luciana Ferreira da Silva, que há cinco anos trabalha na brinquedoteca da APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Coxim. Com os alunos da educação especial, a professora trabalha em um espaço preparado para a criança brincar livremente, manifestando sua potencialidade e necessidades lúdicas, com jogos pedagógicos desenvolvendo o autoconhecimento, o prazer, a afetividade, a empatia, a automotivação com recursos específicos para garantir a inclusão. Luciana conta que a profissão é uma das suas maiores paixões, sou apaixonada pelo que faço, porque nós professores acreditamos que vamos para a sala de aula como o instrumento que proporciona conhecimento, mas aqui na APAE tenho a sensação de que eu sou quem aprendo com eles, cada dia é uma nova lição de vida, destacou a educadora. São histórias diferentes, métodos e ambientes distintos, mas ambos educadores unidos em um único propósito, mudar a realidade do país.
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