Depois de serem resgatados pela ROTAI (Rondas Ostensivas e Táticas do Interior) no início de dezembro, da Fazenda Morada da Lua II, onde trabalhavam em condições análogas à escravidão, os paraguaios e brasileiros receberam pagamento de R$ 57 mil e voltaram para suas cidades. As rescisões dos contratos e acertos trabalhistas foram realizadas na ultima sexta-feira (5), no MPT (Ministério Público do Trabalho), em Campo Grande.
Os policiais chegaram até a fazenda depois de uma denúncia anônima feita à Polícia Militar. Os 17 trabalhadores, sendo 14 paraguaios, incluindo adolescentes de 15, 16 e 17 anos, e três brasileiros, foram contratados em Bella Vista Norte, no Paraguai. O grupo trabalhava na fazenda na extração de eucalipto, porém nenhum deles tinha registro em carteira, a alimentação era inadequada, não eram fornecidos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), além de não ter treinamento para operar os motosserras.
Na fazenda, os fiscais do MPT constataram que as camas eram insuficientes e encontraram evidências de que trabalhadores dormiam em colchões no chão e em camas na área externa do alojamento.
Após as negociações e rescisões, o pagamento no valor de R$ 57 mil foi efetuado pelo responsável pela exploração da madeira e proprietário da empresa Floresta Verde Transportes e Madeiras Ltda e o grupo pode voltar para casa.
(Com informações do Campo Grande News)
