\n Há homens que colecionam bonés, armas, cavalos, automóveis ou canetas. Uns guardam dinheiro. Outros guardam livros e quadros em estantes, paredes ou em cofres fortes. As pessoas colecionam todas as espécies de coisas interessantes ou até mesmo exóticas, este é o caso do dono de bicicletaria, Deusdedith França, de 54 anos, ou “Deti” como é conhecido, que colecionada placas pintadas com nomes de mulheres.nbsp; Quem passa pela avenida Gonzaga, na Silviolândia, distrito de Coxim, logo se depara com a bicicletaria um tanto quanto diferente. Com paredes coloridas e repletas de placas coladas com nomes de mulheres, a Bicicletaria do Deti já se tornou uma parada obrigatória para quem visita o distrito, distante seis quilômetros de Coxim. nbsp; Deti, que é desenhista, contou que a ideia começou em 2011, com o nome exótico de uma cliente que levou uma bicicleta para consertar. Quando a mulher foi embora ele decidiu pintar o nome da mesma numa placa e colou na parede do estabelecimento. No dia 8 de março do mesmo ano, quando é comemorado o Dia Internacional da Mulher, Deti resolveu homenagear todas as mulheres que passavam pelo local, inclusive sua mãe, pintando os nomes em pequenas placas, que começaram a tomar conta da parte externa de seu comércio. Começava ali a coleção que hoje chega a 420 nomes. nbsp; Deti explicou que com o tempo a paixão pelos nomes foi aumentando e ele também começou a pintar nomes excêntricos encontrados em listas telefônicas. A ideia do colecionador é mudar o nome do local para “Bicicletaria da Mulher”, mas ele deixou claro que o local atende clientes de ambos os sexos. Já na parte interna a decoração é outra, fotos de modelos ou artistas, todas de mulheres, recortadas de revistas, tomaram conta do ambiente. Casado e pai de três filhos, Deti disse que conta com total apoio da família e que inclusive um dos filhos o ajuda na pintura. Segundo ele, no começo sua esposa, Edinalva Araújo, de 42 anos, achava a ideia muito colorida, mas acabou aceitando e nunca sentiu ciúmes pelo fato dos nomes serem exclusivamente de mulheres. nbsp; Questionado sobre as críticas, o artista explicou que isso é uma questão de visão “críticas sempre são bem vindas, sejam positivas ou negativas, até porque ninguém neste mundo é perfeito e todos estão sujeitos a elas, muitas vezes quem não valoriza a arte ou a cultura de outro ser humano é porque não conseguiu ser atingido por ela”. nbsp; De acordo com o colecionador, diariamente turistas ou curiosos visitam o local, tiram fotos e a maior parte pede para ter o nome pintado e colado nas paredes da bicicletaria, inclusive os homens pedem para pintar o nome das esposas. Os mimos as clientes femininas vão além das placas, cada uma, que procura o local para consertar a bicicleta recebe na saída um vaso com uma flor, confeccionado por Deti.nbsp; \n \n