Sheila Forato
ImprimirAgnel Alves de Almeida foi julgado na tarde desta quarta-feira (15), no Tribunal do Júri de Coxim. Ele foi condenado a 12 anos de prisão em regime fechado, por ter matado Agenor Ferreira, que tinha 78 anos, em maio de 2008. O crime foi na fazenda Iracema, em Alcinópolis.
Almeida ficou foragido há seis anos, mas acabou sendo preso em 2014 ao se envolver numa briga. Desde então, cumpria pena no Estabelecimento Penal Masculino de Coxim. Para se manter longe das grades, o autor ficou muito tempo trabalhando em fazendas do Pantanal, na região norte de Mato Grosso do Sul.
Segundo a denúncia do MPE (Ministério Público Estadual), apresentada aos jurados pelo promotor Rodrigo Cintra, Almeida matou Ferreira a facada, por motivo fútil, sem dar qualquer chance de defesa à vítima.
Na denúncia consta que Almeida foi até a fazenda na intenção de matar Laércio Bueno Sobrinho, que estaria convivendo com sua ex-namorada, Margarida Olindo Barbosa. Como não encontrou Sobrinho, acabou matando o idoso.
A covardia foi tão grande, que a vítima foi morta enquanto fazia café para o autor, que até então era tratado como amigo, pois morava numa fazenda da redondeza. O caso chegou a ser tratado como suicídio pela polícia, mas, um parente do autor denunciou o homicídio, inclusive entregando a faca do crime para as autoridades de Alcinópolis.
Apesar do empenho do defensor público João Lucas Teixeira Bebé, o Tribunal do Júri condenou Agnel Alves de Almeida. Sete jurados participaram da sessão presidida pela juíza Tatiana Dias de Oliveira Said, que leu até o quarto voto. A primeira sessão de julgamento do novo prédio do Fórum, recentemente inaugurado, durou aproximadamente 6 horas, tendo início as 13 horas e terminando as 19 horas.