Toda dia eles recolhem os restos\n do que usamos e descartamos. Faça chuva ou faça sol, frio ou calor, eles não\n falham. O trabalho segue o ritmo do caminhão e eles não podem se atrasar.\n Correm, juntam as sacolas e saem dependurados no veículo, respirando o mau cheiro\n e expostos a qualquer tipo de contaminação. Este é o trabalho de um coletor de\n lixo, mais conhecido como lixeiro.nbsp;\n \n Apesar de serem pouco\n reconhecidos, lixeiros exercem um papel importante na sociedade. É um trabalho\n muito difícil, que exige de um ser humano humildade para lidar com o que todos\n não querem. Muitos só lembram que existe um serviço de coleta de lixo quando,\n por algum motivo, o caminhão não passa.nbsp;\n \n Nesta segunda-feira (21), é\n comemorado nacionalmente o Dia do Lixeiro, profissão esta exercida há 32 anos\n pelo funcionário público Pedro Alves Feitosa, de 56 anos. nbsp;Ele conta que o\n preconceito nunca foi um problema na vida e que se sente orgulhoso em ser um\n dos coletores mais antigos do município de Coxim.\n \n “Lembro que no meu primeiro dia\n fui designado para abrir esgotos, confesso que me senti envergonhado com o que\n estava fazendo, mas no dia seguinte fui promovido a coletor de lixo e fiquei\n feliz da vida, de lá pra cá já são mais de três décadas trabalhando pela\n população coxinense.” nbsp;\n \n Segundo Feitosa, neste período já\n conheceu sete diferentes prefeitos e que com o passar dos anos muita coisa\n melhorou para os profissionais, “já trabalhei para sete prefeitos e cada um é\n diferente do outro, antes nós catávamos todo tipo de lixo, inclusive o do\n hospital, mas agora é tudo separado e isso ajudou muito”, destacou. nbsp;\n \n Questionado se alguma vez se\n sentiu diminuído pelo que faz, o coletor respondeu bem humorado “que nada, eu\n sou feliz demais, até me casei” finalizou ele. Em Coxim cerca de 14 homens\n exercem a profissão de coletor de lixo.