Sheila Forato com informações do CGNews
ImprimirVítima de um AVC (Acidente Vascular Cerebra), Maria, de aproximadamente 58 anos, morreu no dia 28 de junho. Desde então seu corpo foi levado para a câmara fria do necrotério da Santa Casa de Campo Grande, de onde aguarda o desenrolar burocrático para ser enterrada em Coxim. A prefeitura já teria se comprometido em arcar com os custos do sepultamento.
Esse é o resultado de ter vivido por mais de 30 anos sem documentos. Maria até foi acompanhada pelo serviço de assistência social do município, mas, só conseguia ser atendida de forma emergencial, com cestas básicas, porém, nunca conseguiu participar efetivamente de um programa social.
A secretaria de Assistência Social de Coxim trabalhava na busca de documentos de Maria, que teria o sobrenome Borges da Silva e teria nascido em 5 de agosto de 1960. Ainda neste ano ela deu mais algumas informações, dizendo que havia sido registrada no distrito de Alto de Santa Helena, que faz parte do município de Governador Valadares, em Minas Gerais. Ela também contou que seria filha de Zilda Levina da Silva e José Lezio da Silva.
Logo depois que morreu, Maria teve as digitais colhidas, mas, não foram encontrados das digitais no acervo digitalizado no Instituto de Identificação da Coordenadoria-Geral de Perícias de Mato Grosso do Sul. Por conta disso, a Santa Casa entrou com pedido na Justiça com pedido de registro tardio de óbito.
O juiz da 2ª Vara de Fazenda Pública e Registros Públicos de Campo Grande, Ricardo Galbiati, determinou que fosse expedido alvará para sepultamento no início deste mês. Entretanto, a assessoria jurídica terá que acionar a Justiça novamente, pois não foi cumprida a formalidade de esclarecer o local do sepultamento.