PC de Souza
ImprimirApós 80 dias de inércia do Governo do Estado, o IML (Instituto Médico Legal) em Coxim foi interditado por falta de segurança e ainda não há previsão para solução do problema.
Segundo informações recebidas por nossa reportagem, nesta quinta-feira (16) uma vítima fatal de atropelamento em Camapuã, que deviria ser encaminhada para Coxim, teve que ser levada para Campo Grande.
Procurado por nossa reportagem o perito criminal, Wanderley Serrou Camy, que Coordena o Núcleo Regional de Perícias e Identificações de Coxim, disse que desde a instalação Estabelecimento Penal Masculino, que fica na mesma área provisória do instituto, o problema da falta de segurança para os funcionários do IML era recorrente, mas se agravou após a implantação de um projeto de ressocialização, onde os presos trabalham no pátio do presídio cortando lenha, utilizando machados e motosserras.
Num local insalubre, sem condições de realizar exames sem a luz do sol, dentre outros tantos problemas, o perito já havia procurado em fevereiro os órgãos competentes, como secretário do Departamento de Apoio Regional, Ministério Público, além do Delegado Regional informando a situação.
Sem retorno, Camy não teve outra opção se não a interdição do IML. Casos de mortes violentas, ou que necessitem de exames necroscópicos serão encaminhados para a Capital, podendo demorar até 36 horas para a liberação do corpo.
Para resolver estes problemas algumas alternativas foram apresentadas há 80 dias, tais como murar o local onde eram feitos os exames, mudar para o Hospital Regional Álvaro Fontoura, onde já existe um necrotério, ou a construção da sede em outro local.
Como não ouve retorno do Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Silvio Maluf, o IML permanecerá interditado, causando transtornos aos familiares e moradores de toda a região norte, que conta com mais de 100 mil pessoas.
Nossa reportagem entrou em contato com o secretário de segurança pública e aguarda uma resposta sobre o caso.