Terça-Feira, 9 de Setembro de 2025
Economia
30/04/2013 07:35:55
Brasil planeja retomar autossuficiência em petróleo em 2014
A autossuficiência na produção de petróleo deve ser retomada no ano que vem, estimou hoje (29) o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, José Formigli, ao divulgar os resultados trimestrais da empresa.

Agência Brasil/LD

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\n \n A\n autossuficiência na produção de petróleo deve ser retomada no ano que vem,\n estimou hoje (29) o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, José\n Formigli, ao divulgar os resultados trimestrais da empresa. A previsão da\n estatal significa que a produção total de petróleo e derivados deve superar o\n consumo em 2014 - o que não quer dizer que não serão feitas importações, pois a\n autossuficiência em derivados do petróleo deve ser atingida em 2020.\n \n A\n autossuficiência foi alcançada em 2006, mas não se manteve por causa da forte\n expansão do consumo, que superou a velocidade de crescimento da produção,\n explicou Formigli. O prazo de sete anos para a autossuficiência em derivados\n depende das refinarias Premium 1, no Maranhão, e Premium 2, no Ceará, que ainda\n estão em fase de análise.\n \n "Estamos\n muito otimistas de que são viáveis", disse o diretor de abastecimento da\n estatal, José Carlos Cosenza. Eles espera que o período de avaliação dos\n projetos termine até a metade deste ano. Outras refinarias em construção são a\n do Comperj, em Itaboraí (RJ), e a de Abreu e Lima, em Pernambuco.\n \n Segundo\n o diretor, a previsão é que parte da Premium 1 entre em operação em outubro de\n 2017, enquanto a Premium 2 deve começar a funcionar em dezembro do mesmo ano.\n Em 2020, a Premium 1 deve ser concluída. As estimativas de autossuficiência em\n derivados, no entanto, dependem de o consumo crescer a uma taxa de 4,2% ao ano.\n \n Cosenza\n informou também que a Petrobras e a PDVSA (petrolífera da Venezuela) não\n estabelecem contato desde 28 de fevereiro, quando foi concluído o último\n aditivo para a operação em conjunto da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco,\n onde serão construídos dois trens de produção com o investimento das duas empresas.\n O diretor garantiu que a obra, com 73% de conclusão, será finalizada e acredita\n que a situação política na Venezuela contribuiu para que a PDVSA não entrasse\n mais em contato com o Brasil desde essa data, o que deve ser resolvido quando a\n situação "se estabilizar", segundo o diretor.\n \n Desde\n a morte do ex-presidente Hugo Chávez, em março, a Venezuela passou por um\n período de sucessão que culminou nas eleições presidenciais de 14 de abril,\n vencidas pelo antigo vice de Chávez, Nicolás Maduro, e questionadas pela\n oposição.\n \n A\n diretoria da Petrobras também divulgou que, em 2013, foram captados US$ 7\n bilhões em bancos internacionais e nacionais, entre eles o Banco Nacional de\n Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes). O objetivo da companhia é chegar a\n US$ 61 bilhões nos próximos cinco anos para a captação bruta, que envolve\n compromissos já feitos, e US$ 22 bilhões para a captação líquida.\n \n O\n diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, disse que há uma meta de\n captar US$ 20 bilhões este ano, já que a situação do primeiro trimestre foi\n considerada tranquila do ponto de vista do caixa, com estabilidade da dívida.\n Barbassa não informou se a empresa captará no mercado de capitais em breve, mas\n garantiu que a estatal está sempre atenta às oportunidades.\n \n Outro\n dado divulgado foi o aumento da eficiência operacional, que subiu seis pontos\n percentuais e chegou a 76% no primeiro trimestre deste ano. De acordo com José\n Formigli, a elevação do patamar foi obtida com investimentos de US$ 1 bilhão,\n focados principalmente nos campos mais produtivos da Bacia de Campos. A meta da\n Petrobras é alcançar 90% no final de 2016.\n \n Segundo\n Formigli, a produção da empresa foi afetada pelas cinco paradas programadas no\n primeiro trimestre, nas plataformas P-9, P-54, P-37, P-53 e P-33, além da\n parada da FPSO Espírito Santo, da Shell, que contribuíram para reduzir os\n resultados. Sem informar detalhes, o diretor informou que a estatal deve manter\n o mesmo nível de paradas no segundo trimestre, número que será menor a partir\n de julho. As paradas programadas são usadas para reparos e aprimoramentos que\n aumentam a eficiência da produção.\n \n A\n diretoria prevê ainda o início de funcionamento da P-55 no fim de setembro. Na\n segunda quinzena de outubro, entra em operação a P-63, e a P-58 inicia a\n produção no final do mesmo mês. Em dezembro, a Petrobras começará a exploração\n com a P-61.\n \n \n \n \n
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