Sábado, 23 de Novembro de 2024
Economia
04/03/2019 14:31:00
Ações da Vale nos EUA recuam após troca no comando da mineradora

G1/LD

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As ações da Vale listadas nos Estados Unidos (conhecidas como ADRs) chegaram a recuar 3,7% nos primeiros negócios desta segunda-feira (4), sinalizando abertura no nível mais baixo em quase três semanas. Os mercados não funcionam no Brasil por ocasião do Carnaval.

O movimento ocorria depois que a Vale informou no sábado (2) que o presidente-executivo, Fabio Schvartsman, e outros executivos graduados se afastaram temporariamente do comando da mineradora após ação do Ministério Público Federal.

As ações da Vale nos EUA acumulam queda de mais de 16% desde 25 de janeiro, quando uma barragem de rejeitos de mineração da empresa se rompeu em Brumadinho, deixando pelo menos 182 mortos confirmados e mais de 100 desaparecidos.

Por volta 12h40, os American Depositary Receipts (ADR) da mineradora cediam 1,45%, a US$ 12,21. Na mínima, chegaram a US$ 11,93. As ações da Vale voltam a ser negociadas apenas na quarta-feira, a partir de 13h (horário de Brasília).

Segundo a Jefferies, os ADRs da Vale são muito arriscados para compra, mesmo considerando o valor baixo e a performance significativamente fraca desde o colapso da barragem.

Diretor-presidente interino

Schvartsman foi substituído pelo executivo Eduardo de Salles Bartolomeo, que trabalha na mineradora há 10 anos, já tendo exercido posições de diretor de logística, operações integradas de "bulk commodities" e mais recentemente de metais básicos, segundo comunicado da companhia ao mercado.

O executivo trabalhou na Ambev entre 1994 e 2003 em funções executivas, sendo a última como diretor de Operações.

Segundo a Vale, a escolha de Bartolomeo seguiu o processo sucessório de acordo com o plano de interinidade previamente discutido pelo conselho de administração.

Sua escolha está alinhada com o objetivo de trazer um executivo sênior para garantir estabilidade às operações e dar continuidade ao processo de indenização, reparação e mitigação dos efeitos do rompimento da Barragem I da Mina do Córrego do Feijão.

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