Agência Brasil/LD
ImprimirA decisão do governo federal de adiar o início do horário de verão por duas semanas afetará ao menos 3 milhões de pessoas que viajarão de avião. Segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), a mudança da data acarretará "sérias consequências" ao planejamento das operações e, consequentemente, para quem adquiriu passagens antecipadamente.
Em nota, a Abear manifestou-se contrária ao adiamento. Alegando que um grande número de usuários corre o risco de perder seus voos, a associação também já pediu à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), à Secretaria de Aviação Civil (SAC), à Casa Civil e aos ministérios dos Transportes e de Minas e Energia que mantenham o cronograma inicial, com o início do horário de verão no dia 4 de novembro.
“A antecedência na definição do período do horário de verão é fundamental para garantir o pleno funcionamento do setor aéreo, seja em voos domésticos (onde há diferentes fusos horários), seja em voos internacionais”, sustenta a entidade, destacando que 42 mil voos de empresas associadas à Abear estão programados para o período. “Mudanças em curto período impactam toda a operação das companhias aéreas”.
A Anac informou à Agência Brasil que o assunto está sendo discutido em âmbito ministerial e que as orientações aos passageiros serão divulgadas em momento oportuno. A Secretaria de Aviação Civil, ligada ao Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, ainda não se manifestou sobre o assunto.
Enem
O horário de verão estava previsto para começar a zero hora do dia 4 de novembro. A pedido do Ministério da Educação (MEC), a medida foi adiada para o dia 18 do mesmo mês. A data final foi mantida para o terceiro domingo de fevereiro de 2019. O texto com a decisão federal será publicado em breve no Diário Oficial da União.
O Ministério da Educação justificou o pedido de adiamento alegando que a medida visa a evitar transtornos para cerca de 5,5 milhões de estudantes que devem participar do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), cujas provas estão marcadas para os dias 4 e 11 de novembro, em todo o país.
Nas redes sociais, o ministro da Educação, Rossieli Soares da Silva, comemorou a mudança. “Candidatos terão mais tranquilidade para fazer as provas. Caso o horário de verão iniciasse no primeiro dia de provas do Enem, como estava previsto, muito provavelmente acarretaria prejuízos aos participantes.”
O horário de verão é adotado nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal.