Economia
14/11/2012 09:00:00
Apesar da crise mundial, número de empresas ativas no Brasil cresceu 6,1% de 2009 para 2010
Os dados fazem parte da pesquisa Estatísticas do Empreendedorismo 2010, divulgada hoje (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Agência Brasil/LD
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\n \n Apesar da crise financeira internacional iniciada em 2008, o\n número de empresas ativas no Brasil cresceu 6,1%, de 2009 para 2010. Os dados\n fazem parte da pesquisa Estatísticas do Empreendedorismo 2010, divulgada hoje\n (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).\n \n O levantamento foi elaborado a partir do Cadastro Central de\n Empresas (Cempre) e de pesquisas anuais nas áreas de indústria, construção\n civil, comércio e serviços, feitas pelo instituto e que reúnem informações\n sobre o segmento empresarial formalmente constituído da economia brasileira. O\n estudo destaca as chamadas empresas de alto crescimento (EAC), aquelas que\n aumentaram em 20% ao ano o número de empregados por um período de três anos\n consecutivos.\n \n Os dados da pesquisa indicam que, segundo o Cempre, em 2010 havia\n 4,5 milhões de empresas ativas no Brasil, sendo que 46,9% delas (o equivalente\n a 2,1 milhões) tinham pelo menos uma pessoa ocupada assalariada e 9,3%\n (422.926), dez ou mais pessoas.\n \n De acordo com o IBGE, o crescimento do número de empresas ativas\n chegou a 7,5% entre os estabelecimentos com pelo menos uma pessoa ocupada\n assalariada. Entre as empresas com dez ou mais pessoas assalariadas, a expansão\n é ainda maior, 8,3%.\n \n Segundo o instituto, os 4,5 milhões de empresas ativas no Brasil,\n em 2010, ocupavam 37,2 milhões de pessoas, sendo 30,8 milhões (82,9%) como\n assalariadas e 6,4 milhões (17,1%) como sócios ou proprietários.\n \n Os salários e outras remunerações pagos, em 2010, pelas entidades\n empresariais totalizaram R$ 566,1 bilhões. O salário médio mensal ficou em R$\n 1,461 mil.\n \n Em entrevista à Agência Brasil, o gerente da pesquisa, Cristiano\n dos Santos, atribuiu o crescimento de 6,1% no número de empresas ativas de 2009\n para 2010 principalmente ao aumento da demanda no mercado interno. Segundo ele,\n com isso foi possível minimizar os efeitos da crise internacional sobre o país.\n A economia brasileira cresceu basicamente motivada pela expansão da demanda\n interna. Então, é claro que, em um cenário em que as exportações ficam\n comprometidas pelo fato de que as principais economias compradoras de nossos\n produtos enfrentavam e enfrentam crises que as levam a suspender essas compras,\n foi o mercado interno que segurou o crescimento.\n \n De acordo com ele, é muito difícil a ocorrência de um cenário de\n redução drástica no número de empresas em consequência de crises financeiras ou\n econômicas. É extremamente difícil se ter um cenário onde não haja crescimento\n do número das empresas ativas, mesmo em períodos de crise, porque você convive\n sempre com o fenômeno de bipolaridade: [há] empresas que morrem, mas também\n [há] empresas que nascem.\n \n Para Cristiano dos Santos, o máximo que pode ocorrer é uma\n estagnação ou até mesmo uma retração no número de empresas de alto crescimento.\n "Tanto que, de 2008 para 2009, no auge da crise, você pôde observar queda\n de 0,1% no número de empresas de alto crescimento. Mas, de 2009 para 2010,\n houve aumento de 7,7%, destacou. \n \n \n \n \n
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