Domingo, 20 de Abril de 2025
Economia
27/12/2012 09:00:00
Apesar do dólar alto, conhecer o exterior está mais barato
Se o ano termina marcado por alívio e boas perspectivas para os exportadores brasileiros, o mesmo vale para quem sonha com um roteiro internacional.

Terra/LD

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\n \n \n \n \n \n Se o ano termina marcado por alívio e boas perspectivas para os\n exportadores brasileiros, o mesmo vale para quem sonha com um roteiro\n internacional. Ao contrário do esperado, embarcar rumo ao exterior tem ficado\n cada vez mais barato. A notícia traz calmaria também aos agentes de viagem, que\n no início do mês receberam a notícia do fechamento da Tia Augusta, empresa\n famosa por levar jovens à Disney desde a década de 1970. Entre as causas para o\n encerramento das atividades, estaria a alta do dólar e a queda de 50% nas\n vendas de pacotes.\n \n De acordo com a Associação Brasileira de Agência de Viagem (Abav)\n Nacional, no ano passado, as vendas de pacotes turísticos resultaram em faturamento\n de R$ 9,8 bilhões, com embarque de cerca de 6 milhões de pessoas. O número\n aponta crescimento médio de 29% nas vendas em comparação a 2010 - 37,4% em\n destinos domésticos e 23% em destinos internacionais. Para 2012, a expectativa\n era de que o setor registrasse crescimento de 25%, mas o número não deve passar\n de 14%.\n \n No entanto, não deve haver motivo para apreensão. Segundo o\n vice-presidente da Abav Nacional, Edmar Bull, o mercado vinha apresentando\n evolução acima da média, o que condicionou as expectativas a um cenário que\n acabou não se consolidando. "Vínhamos em aceleração, e ano passado fizemos\n uma projeção muito alta para 2012. O mercado acabou calculando errado. Ainda\n assim, tivemos crescimento, e o momento é de comemoração", diz.\n \n Bull afirma que o fechamento da Tia Augusta é um caso isolado e\n que a alta da moeda americana não afetou o setor. "Não sentimos grandes\n mudanças nos pacotes por conta da valorização do dólar, até porque as tarifas\n internacionais seguem a lei da procura e da oferta", explica. Com procura\n menor do que o esperado, viajar para o exterior ficou mais barato - cenário que\n seria diferente caso o câmbio seguisse em baixa, estimulando a busca por\n pacotes. "Esse ano, estamos vendendo pacotes com preços ainda menores do\n que em 2011, o que volta a encorajar o turista", destaca.\n \n Na Happy Tur, agência de Joinville, em Santa Catarina, a procura\n por pacotes internacionais chegou a superar as viagens dentro do País. De\n acordo com a diretora, Jane Niehues, os negócios da empresa normalmente ficam\n em 65% para roteiros domésticos e 35% para fora do Brasil. Esse ano, a\n proporção chegou a se inverter. Jane explica que o aumento do poder de consumo\n das classes C e D tem refletido na procura por destinos como o Nordeste - e\n aqui também se aplica a lei da oferta e da procura: com mais gente embarcando\n para lugares como Ceará, Alagoas, Rio Grande do Norte e Bahia, o aumento dos\n preços foi visível. "Temos clientes que antes não viajavam, e essa nova\n realidade muda os preços praticados pelas companhias aéreas, rede hoteleira e\n demais serviços. Em muitas datas, vale mais a pena ir para fora do País,\n principalmente agora, no verão", compara.\n \n Para as agências, a internet tem sido outro obstáculo. Jane\n explica que muitos turistas já programam sua viagem apenas com o auxílio de\n sites de buscas e vendas online de passagens e serviços. Os destinos mais\n tradicionais da Europa, por exemplo, estão em baixa na empresa de Joinville.\n "Quem viaja com frequência já não procura as agências para lugares como\n França, Itália e Espanha", diz. Agora, a aposta fica por conta dos\n destinos exóticos, como Tailândia e Austrália, que devem seguir acompanhando o\n crescimento do setor.\n \n \n \n
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