Sábado, 23 de Novembro de 2024
Economia
09/07/2017 09:10:00
Até onde o salário mínimo precisa ir para cumprir o que promete?
Qual valor pode sustentar “um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência”?

Exame/PCS

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Salário mínimo "suficiente" de junho caiu em relação a abril e maio (Foto: Thinkstock)

Qual é o salário mínimo suficiente “para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência”?

Resposta: R$ 3.727,19 em junho, de acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

É praticamente 4 vezes mais do que o salário mínimo atualmente em vigor no Brasil, de 937 reais.

O salário mínimo “suficiente” de junho caiu em relação a abril e maio, mas supera o de março. O valor mais alto da série histórica foi registrado em outubro de 2016: R$ 4.016,27.

O cálculo é feito mensalmente desde 1994 com base na cesta básica mais cara: atualmente a de Porto Alegre (R$ 443,66), seguida por São Paulo (R$ 441,61), Florianópolis (R$ 432,40) e Rio de Janeiro (R$ 420,35).

De acordo com a lei atual, o salário mínimo é reajustado todo ano pela variação do INPC (inflação para população de baixa renda) no ano anterior, acrescido da taxa de crescimento real do PIB dois anos antes (se houver crescimento).

Mas como 2015 e 2016 foram anos de recessão, o próximo aumento real vai ficar para 2019 – e isso se a economia realmente crescer no balanço de 2017 e se a lei não mudar nesse ínterim.

Em um vídeo do ano passado, o economista Carlos Eduardo Gonçalves aponta algumas consequências práticas caso o salário mínimo “suficiente” fosse estabelecido por lei.

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