\n \n A\n atividade da construção civil teve nova queda em agosto, aponta a Sondagem\n Indústria da Construção, pesquisa divulgada hoje (24) pela Confederação\n Nacional da Indústria (CNI). O indicador ficou em 48,1 pontos, operando pelo\n quarto mês consecutivo abaixo da linha divisória dos 50 pontos. O índice varia\n de 0 a 100, sendo que as pontuações abaixo de 50 revelam uma percepção\n negativa.\n \n Segundo\n o economista da CNI Danilo Garcia, o desempenho negativo está relacionado à\n desaceleração da economia como um todo. "Há uma nova situação econômica,\n com desaceleração do Produto Interno Bruto [PIB, soma das riquezas de um país].\n É um período de adaptação, há um novo cenário. Tivemos uma expansão muito forte\n em 2010, que não se sustentou em 2011. Em 2012, já iniciamos o ano com uma\n demanda não tão grande", comentou.\n \n Danilo\n Garcia disse que não há uma estimativa de reação no curto prazo e que o setor\n da construção espera pela retomada do crescimento do PIB.\n \n O\n desempenho das pequenas empresas foi o que mais contribuiu para o resultado\n negativo. Elas registraram 45,7 pontos em agosto, enquanto as médias empresas\n marcaram 46,3 pontos e as grandes, 46,7. São consideradas pequenas as empresas\n que têm de 10 a 49 empregados. As médias são as que têm de 50 a 249\n funcionários, e as grandes as que possuem acima de 250 trabalhadores.\n \n A\n evolução do número de empregados em agosto situou-se em 49,3 pontos. Com\n relação a esse indicador, também houve destaque negativo para as pequenas\n empresas, já que elas registraram 47,6 pontos em agosto, enquanto as médias e\n grandes empresas cravaram 49,6 e 49,8 pontos respectivamente, aproximando-as da\n linha divisória dos 50 pontos.\n \n A\n Utilização da Capacidade de Operação (UCO) da construção subiu um ponto\n percentual entre julho e agosto, de 69% para 70%. No entanto, entre as pequenas\n empresas, esse indicador recuou de 66% para 62% no período. "Em geral, [os\n pequenos empresários] têm uma dificuldade maior de se adaptar a cenários\n adversos", comenta Danilo Garcia.\n \n Apesar\n da percepção pessimista sobre agosto, as perspectivas dos empresários para os\n próximos seis meses são otimistas. A expectativa para a atividade nos próximos\n seis meses ficou em 57 pontos, enquanto a sobre novos empreendimentos e\n serviços alcançou 56,7 pontos.\n \n Os\n empresários também esperam aumentar as compras de matérias-primas e insumos nos\n próximos seis meses (57,8 pontos) e voltar a contratar (56 pontos). No entanto,\n de acordo com o economista Danilo Garcia, "o otimismo não está tão alto\n como em épocas de menor desempenho".\n \n A\n Sondagem da Indústria da Construção trabalha com uma amostra de 475 empresas,\n das quais 176 são pequenas, 186 médias e 113 grandes. As avaliações dos\n empresários sobre o mês de agosto foram coletadas pela CNI no período de 3 a 14\n de setembro.\n \n \n \n \n