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ImprimirNo posto de 3º maior gerador de bioeletricidade do país, Mato Grosso do Sul é responsável por 13,4% da cogeração de eletricidade de biomassa, comercializada para o Sistema Elétrico Nacional, segundo a Biosul (Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul ). A energia vem do bagaço da cana-de-açúcar das usinas de biocombustível.
Na avaliação do presidente da Biosul, Roberto Hollanda, a bioeletricidade pode ser a resposta para a demanda de energia que o país necessita, além de ser uma solução altamente sustentável.
“Esse ano o setor foi responsável por 7% de economia nos reservatórios das usinas hidrelétricas. Produzimos bioeletricidade, justamente na entressafra hídrica do país, esse é mais um dos fatores positivos quando se produz eletricidade de biomassa”, conta.
O bagaço é usado ainda para produção de energia para o vapor, que é necessário para a fabricação de açúcar e etanol e para alimentar a atividade das usinas. Mas, desde meados de 1980, o setor percebeu na venda de excedentes de energia elétrica um negócio.
De acordo com a Biosul, na safra passada dez usinas do Estado fornecerem bioeletricidade. Essas unidades venderam para o Sistema Elétrico Nacional 1.517 GWh. O volume seria suficiente para todo o consumo residencial do Estado, conforme a entidade.
Já na safra atual, a expectativa é de fornecer 43% a mais que no ano anterior. O número de unidades fornecedoras de energia aumentou para doze, com a previsão de exportar 2.180 Gwh. O aumento é fruto do investimento das usinas, de acordo com o presidente da Biosul. Na safra 2009/2010, foram exportados apenas 202 GW para rede.
Investimento – O bagaço, que antes era considerado uma sobra do processamento do etanol e do açúcar, passou a ser visto como uma matéria-prima importante e o setor investiu em tecnologias que facilitam cada vez mais o processo, tornando possível a cogeração de excedente para comercialização.
Com as pesquisas na área de cogeração, os produtores esperam ainda passar a utilizar outra matéria-prima como insumo para as caldeiras, que são as pontas e a palha que sobram nos canaviais após a colheita mecanizada e que representam cerca de 30% da energia contida na cana. Com menos umidade que o bagaço, o poder calorífico é maior e amplia o rendimento das caldeiras, conforme explica o presidente da entidade.