A\n balança comercial registrou déficit (exportações menores que \n importações) em outubro, após superávit em agosto e setembro. O saldo \n ficou negativo em US$ 224 milhões, com US$ 22,8 bilhões em vendas \n externas e US$ 23 bilhões em compras. É o pior resultado para o mês \n desde 2000, segundo dados divulgados hoje (1°) pelo Ministério do \n Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. \n No ano, a balança está negativa em US$ 1,8 bilhão, o maior déficit para o\n período desde 1998, quando o saldo acumulado de janeiro a outubro ficou\n no vermelho em US$ 5 bilhões. \n A média diária das exportações em outubro ficou em US$ 992,3 milhões, \n com pequeno aumento de 0,3% ante outubro de 2012 e retração de 0,8% na \n comparação com setembro deste ano. As vendas externas de produtos \n industrializados cresceram 9,1% em comparação a outubro de 2012. Um dos \n motivos foi a exportação de uma plataforma para extração de petróleo, no\n valor de US$ 1,9 bilhão. Na prática, o produto foi vendido a uma \n subsidiária da Petrobras no exterior, em uma operação que visa a reduzir\n os gastos com impostos. A plataforma não deixou o Brasil. Vendas de \n tubos flexíveis de ferro e aço, carros de passageiros, veículos de carga\n e aviões também puxaram o bom desempenho dos manufaturados. \n As exportações de semimanufaturados e básicos, no entanto, recuaram \n respectivamente 21,7% e 0,3%. As retrações no grupo dos \n semimanufaturados deveram-se à queda nas vendas de alumínio bruto \n (59,1%), açúcar (48,4%), ouro (45,4%) e ferro fundido (15,6%). Quanto \n aos produtos básicos, caíram as vendas de algodão bruto (53,1%), café em\n grão (28,8%), farelo de soja (24,5%), milho (21,8%), carne suína \n (18,2%), carne de frango (11,5%), minério de cobre (9,9%) e folhas de \n fumo (5,2%).\n Do lado das importações, houve destaque no crescimento das compras de \n combustíveis e lubrificantes (68,5%). Também aumentaram as aquisições de\n bens de consumo (5,3%) e de matérias-primas e produtos intermediários \n (1,8%).