Economia
01/02/2014 08:30:35
Bovespa fecha em alta, mas tem o pior janeiro desde 1995
A Bolsa de Valores de São Paulo fechou o último pregão do mês no campo positivo, acima dos 47 mil pontos, mas teve a quinta semana e o terceiro mês seguido de queda, registrando o pior desempenho para janeiro desde 1995.
G1/LD
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A\n Bolsa de Valores de São Paulo fechou o último pregão do mês no campo \n positivo, acima dos 47 mil pontos, mas teve a quinta semana e o terceiro\n mês seguido de queda, registrando o pior desempenho para janeiro desde \n 1995. \n O Ibovespa terminou a sexta-feira (31) com variação positiva de 0,84%, a 47.638 pontos. \n Na semana, a baixa foi de 0,31%. Já no acumulado de janeiro, o índice \n recuou 7,51%, maior queda para o mês desde 1995, quando a perda foi de \n 10,77%, segundo dados da consultoria Economatica. \n A queda no acumulado do primeiro mês do ano foi quase metade da desvalorização de 15,5% registrada em 2013. \n O resultado do mês foi prejudicado pelo cenário global de aversão ao \n risco e pela desconfiança de investidores em relação ao Brasil. \n A valorização desta sexta-feira foi guiada por ações de bancos, da Vale e\n da BMamp;FBovespa, depois de a bolsa passar a primeira parte do pregão\n no negativo. \n Ação da Petrobras recua 13,9% no mês\n Segundo dados da BMamp;FBovespa, o saldo de investidores estrangeiros \n na bolsa estava negativo em janeiro em R$ 739,5 milhões até o dia 29. \n Somente entre os dias 24 e 28, os estrangeiros tiraram mais de R$ 1 \n bilhão da bolsa, em meio a uma onda global de aversão ao risco que \n atingiu países emergentes. \n Indicadores mostrando contração na atividade industrial da China neste \n mês também afetaram a Bovespa, repercutindo em ações expostas ao país \n asiático como as da Vale. O papel preferencial da mineradora, que tem a \n China como seu principal cliente, caiu 8,34% no mês. A Petrobras recuou\n 13,9% no mês. \n As recomendações de analistas têm se concentrado em companhias que se \n beneficiam da alta do dólar, que deve se valorizar ainda mais com a \n saída de recursos do Brasil. Por outro lado, empresas ligadas à economia\n doméstica e sensíveis à taxa de juros, como parte do varejo e empresas \n do setor imobiliário, devem ver suas ações pesarem mais, destaca. \n Com os preços bastante pressionados, especialistas consideram provável \n que a bolsa tenha um repique em breve. Contudo, a tendência ainda é de \n queda.\n "Podemos ver um rali de curto prazo, mas o cenário mais provável é que o\n índice busque a mínima do ano passado, de 44.100 pontos... Tem muitos \n estrangeiros tirando dinheiro do Brasil", disse à Reuters o estrategista\n da Citi Corretora, Hugo Rosa.\n Para ele, o crescimento baixo da economia brasileira, o ciclo de aperto \n monetário do Banco Central e a desconfiança com a política econômica já \n traziam mal-estar em relação ao Brasil.
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