Sábado, 23 de Novembro de 2024
Economia
24/12/2022 08:32:00
Brasileiros têm R$ 2,2 bilhões ‘esquecidos’ em grupos de consórcio
Esses recursos “esquecidos” são compostos por valores que ex-participantes de consórcios têm direito mesmo após a contemplação ou o encerramento de um grupo.

G1/PCS

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O Banco Central divulgou na sexta-feira (23) seu Panorama do Sistema de Consórcios. Ele mostra que, ao fim de 2021, os brasileiros tinham R$ 2,16 bilhões em recursos não procurados. Esses recursos “esquecidos” são compostos por valores que ex-participantes de consórcios têm direito mesmo após a contemplação ou o encerramento de um grupo, porém, deixam de fazer a retirada. Envolve créditos não utilizados, multas, rendimentos, juros ou rateio do saldo do fundo de reserva.

Desde 2008, ano em que entrou em vigor a Lei 11.795, ou Lei dos Consórcios, as administradoras destes recursos estão autorizadas a cobrar uma taxa para manutenção do dinheiro que não foi resgatado. Segundo dados do relatório, em 2021 essa taxa totalizou R$ 943 milhões, alta de 14,6% em relação ao observado no ano anterior.

No ano passado, o número de cotas ativas de consórcio chegou a 8,48 milhões, com alta de 6,9% em relação ao ano anterior. São 4,02 milhões de automóveis, 2,38 milhões de motocicletas, 1,28 milhão de imóveis e 867 mil dos demais tipos (veículos pesados, aeronaves, embarcações, eletroeletrônicos, demais bens móveis duráveis e serviços).

“Apesar dos impactos na economia e no Sistema de Consórcios causados pela pandemia da Covid-19, que haviam sido sentidos principalmente no 1º semestre de 2020, observou-se a continuidade da tendência de expansão nos principais indicadores que caracterizam o segmento, verificada no 2º semestre daquele ano, demonstrando ser uma importante modalidade de financiamento para aquisição de bens, assim como um relevante instrumento de inclusão financeira, especialmente no subsegmento de motocicletas”, diz o relatório.

A carteira total dos grupos de consórcio alcançou, em dezembro de 2021, o valor de R$ 75,8 bilhões – alta anual de 22,8%. A inadimplência ficou em 2,50%, de 2,54% no ano anterior. O prazo médio aumentou de 119 para 131 meses, enquanto o valor médio dos créditos subiu 28,0%, para R$ 55,3 mil.

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