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ImprimirA Ambev, maior fabricante de cerveja e refrigerantes da América Latina, registrou lucro líquido de R$ 2,424 bilhões no 2º trimestre, o que representa uma alta de 14,1% na comparação com o mesmo período do ano passado (R$ 2,125 bilhões).
Já o lucro líquido ajustado foi de R$ 2,348 bilhões no 2º trimestre, alta de 9,7% na comparação anual, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (9).
A receita líquida total da companhia alcançou R$ 11,509 bilhões no 2º trimestre, alta de 11,4%. Segundo a companhia, o resultado foi impulsionado pela recuperação dos volumes de vendas de cerveja o Brasil.
"Apesar da greve dos caminhoneiros, conseguimos entregar um aumento de 1,7% do volume,em parte suportado pela Copa do Mundo FIFA 2018, enquanto a indústria de cerveja, de acordo com nossas expectativas, se manteve estável", destacou o balanço.
Dona da Ambev
O grupo AB InBev, maior fabricante mundial de cerveja e dono da Ambev, também conseguiu bons resultados no segundo trimestre, graças, sobretudo, ao efeito da Copa do Mundo. O fabricante belgo-brasileiro era o patrocinador da cerveja oficial do Mundial com sua marca Budweiser.
O evento contribuiu para o lucro de US$ 2,160 bilhões registrado pela AB InBev, entre abril e junho, 15,5% a mais do que no mesmo período do ano passado.
Volume de cerveja ainda em queda no ano
No acumulado do ano, a receita líquida da Ambev no Brasil aumentou 3,3%, com queda do volume de 5,3%. No segmento cerveja, o faturamento tem alta de 3,7%, mas com queda de 3,6% no volume.
A queda no volume de cerveja comercializada pela companhia tem sido nos últimos trimestres compensada por um maior consumo das marcas de cervejas mais caras da Ambev.
"O volume do segmento que tem como principais marcas Brahma Extra e Bohemia cresceu mais de 50% em relação ao segundo trimestre de 2017. A categoria de cervejas premium também continuou a mostrar resultados sólidos, com o volume crescendo em dois dígitos. O volume das marcas globais Stella Artois, Corona e Budweiser aumentou mais de 30%", destacou a Ambev.
Brasileiro tem bebido menos cerveja
Segundo dados da Nielsen, as vendas totais de cerveja caíram 1,7% em volume em 2017 ante o ano anterior, enquanto que o faturamento cresceu 1,6%, impulsionado pelo crescimento de 13% das vendas de cervejas premium e artesanais, o que segundo os analistas confirma uma tendência mundial de beber menos, mas melhor.
Segundo os dados da Euromonitor, o consumo total de cerveja per capita no Brasil passou de 68,4 litros/pessoa em 2012 para 59,9 litros/pessoa em 2017. Já nos EUA, o consumo per capita passou de 76,3 litros/pessoa para 73,8 litros/pessoa.