G1/LD
ImprimirCom o corte de aproximadamente R$ 30 milhões de recursos para custeio e investimento, determinando pelo Ministério da Educação (MEC) no início de 2019, a partir do mês de agosto, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) não vai ter com honrar com os pagamentos de água e energia elétrica e, por isso, existe o risco das aulas serem suspensas. O alerta foi feito pelo reitor da instituição, Marcelo Turine, no "Papo das Seis", do Bom Dia MS, desta segunda-feira (8).
Turine diz que atualmente os pagamentos destes dois serviços estão em dia e que já está conversando com as concessionárias que fornecem energia elétrica e água para a instituição, para que haja uma tolerância maior em caso de atrasos, de modo que não ocorra a suspensão do fornecimento.
"Se as concessionárias não tiverem esse bom senso em relação a universidade, que é um período transitório, a princípio sim [risco de suspensão das aulas]. Nós estamos conversando com a Águas Guariroba, em Campo Grande, e com a Energisa, para que se houver um atraso de dois a três meses para que elas não façam o corte e não prejudiquem a educação e os laboratórios de pesquisa, que são estratégicos para Mato Grosso do Sul e para a competitividade do Brasil como um todo", comentou.
Turine comentou que anualmente a UFMS desembolsa com os pagamentos de água e energia elétrica cerca de R$ 20 milhões, para todos os seus dez campi, onde são atendidos cerca de 23 mil alunos.
Além do pagamento de serviços, o reitor revela que outra área atingida com o corte foi a de fomento de ensino. "A universidade já está enfrentando [dificuldades]. Imagina você na economia familiar, de uma hora para outra, perder 30% dos recursos. Dizerem que você não vai receber esses recursos. Isso afeta o fomento de ensino. [...]Recursos que são utilizados para ajudar os nossos alunos em vulnerabilidade", explicou.
Turine comentou ainda que de um orçamento anual de aproximadamente R$ 900 milhões, 85% dos recursos são destinados a folha de pagamento de 5.050 servidores da ativa e aposentados. "O restante é para pagar esses contratos que são importantes para manter em funcionamento a instituição", apontou.