Agência Brasil/LD
ImprimirO comércio de Campo Grande estima perder R$ 16,8 milhões com as vendas de Páscoa este ano. A perda representa queda de 32% em relação às estimativas iniciais e se dá por conta do avanço da covid e das restrições de circulação e de atendimento presencial. A pesquisa foi realizada pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Fecomércio e Sebrae.
Inicialmente, a estimativa era de venda de R$ 53,27 milhões e passou para R$ 36,42 milhões nesta segunda sondagem. Conforme a Fecomércio, a revisão foi necessária em função das alterações mais recentes de cenário, diante de medidas restritivas e da suspensão dos atendimentos presenciais do comércio no enfrentamento à covid.
“Acreditamos que a queda se deve a um conjunto de fatores, mas principalmente às expectativas da população que estão impactadas negativamente, a depender da situação econômica e social, bem como dos mecanismos de enfrentamento à pandemia do coronavírus”, afirma a economista da Fecomércio, Daniela Dias. “Esse cenário contribuiu para maiores incertezas acerca do medo de contágio e dos reflexos sobre a empregabilidade e negócios”, completou.
Para a analista-técnica do Sebrae, Vanessa Schmidt, os comerciantes devem se manter atentos ao cumprimento de medidas de biossegurança. “Nossa primeira dica é que os empresários tomem bastante cuidado com as regras de biossegurança. Sabemos que o consumidor tem tendência de ir às compras no último momento, então é preciso cuidado para evitar aglomerações e oferecer opções como entrega rápida ou grátis e facilidades para compras a distância”, disse a especialista, lembrando que o apelo emocional é um aspecto importante, especialmente no momento da pandemia.
Dados
A pesquisa demonstra que filhos serão os mais presenteados (61%) e o gasto médio, será de R$ 133,59, valor superior ao do ano passado, em que se registrou R$123,38. A opção de 44% é pelos ovos de páscoa e chocolates, o que possibilitará um dinamismo de R$ 23,20 milhões.
O levantamento também mostra que uma parcela das famílias comemorará o período de Páscoa (35%), levando a uma movimentação de R$ 13,21 milhões, valor esse inferior aos R$16,44 milhões do ano passado.
Atrativos como descontos (64%), biossegurança (43%), atendimento e variedade (26%, cada) serão os principais elementos levados em consideração pelos consumidores.
A revisão das estimativas ocorreu entre os dias 26 a 29 de março e contemplou 366 consumidores.