UOL/PCS
ImprimirA situação é bastante comum: pós abastecer, o motor começa a falhar e perder potência, além de elevar o consumo.
São sintomas típicos de combustível adulterado, prática criminosa que faz o consumidor correr o risco de ter grande prejuízo com danos ao veículo.
A adição de produtos como solvente, no caso da gasolina, é capaz de comprometer o funcionamento correto de itens como filtro e bomba de combustível, bem como velas, de acordo com o Centro Universitário FEI. No caso do etanol, a fraude mais comum é acrescentar água, o que também compromete o funcionamento ideal do motor.
A ANP (Agência Nacional do Petróleo) realiza fiscalizações de rotina e também com base em denúncias, podendo interditar ou até fechar postos irregulares.
"Adicionar solventes à gasolina e ao diesel é a prática mais danosa, pois determinados solventes atacam os materiais como injetores e bombas de combustível, e provocam depósitos nas válvulas", alerta o engenheiro Henrique Pereira.
Outra tática adotada por donos desonestos de postos é burlar a aferição volumétrica na bomba, por meio de um chip: ela informa um volume maior que o fornecido. O dispositivo eletrônico pode ser desativado a qualquer hora, justamente na tentativa de enganar os fiscais.
No caso da volumetria, mais uma dificuldade: a fiscalização cabe ao Ipem (Instituto de Pesos e Medidas), órgão com gestão a cargo de cada estado.
É difícil identificar alterações no combustível na hora do abastecimento, mas alguns cuidados minimizam os riscos.