Economia
04/01/2012 09:57:32
Consumidor deve priorizar contas e evitar gastos extras neste início de ano
Início de ano exige administração mais cuidadosa da contabilidade doméstica, pois as despesas mensais são mais elevadas e os descontos salariais são maiores, começando pelo IPVA e IPTU.
Correio do Estado/LD
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\n Início de ano exige administração mais cuidadosa da contabilidade doméstica, pois as despesas mensais são mais elevadas e os descontos salariais são maiores. Em janeiro, o consumidor deve arcar com dois tributos que pesam muito no bolso: Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Além disso, há matrículas nas escolas, compra de material escolar e faturas de gastos do fim de ano. A recomendação de especialistas é de priorizar o pagamento das contas e não cair na tentação das liquidações sazonais. Neste ano, os contribuintes de Campo Grande devem se preparar para reajustes de até 15,53% no IPTU. Os proprietários de veículos terão que arcar com IPVA com desvalorização do valor venal de até 8,17%, inferior ao deságio do mercado, que chega a 25%. As pessoas que têm filhos em escolas particulares terão desembolso médio 12,54% maior, o dobro da inflação de 6,5% acumulada em 12 meses (até novembro) na Capital. Caso não sejam bem administradas, essas contas podem comprometer o orçamento da família durante todo o ano, segundo observa a economista Andréia Ferreira, especialista em finanças pessoais. Ela orienta que as pessoas priorizem o pagamento à vista dos impostos para economizar com os descontos. No caso do IPTU de Campo Grande, o desconto é de 20% para essa forma de pagamento. Em se tratando do IPVA, a redução é de 10% no pagamento em parcela única. Caso não extrapole o orçamento, o contribuinte pode parcelas esses tributos: o IPTU pode ser quitado em até oito vezes e o IPVA, em até três. O passo inicial, conforme a economista, é o planejamento. Muitas pessoas dizem, no início de ano, que vão ser mais organizadas nas contas. Mas não é só falar. Devem agir também. A primeira coisa é fazer o orçamento doméstico, afirma. Com isso, o consumidor poderá descobrir a sua capacidade de pagamento, de acordo com a economista. E, na construção desse orçamento, toda a família deve estar envolvida para que ninguém fique como vilão da história, acrescenta. Com as anotações em mãos do que têm a receber e os gastos que terão que arcar, as pessoas poderão liquidar as contas de modo ordenado. Entre essas despesas, estão as faturas com as contas acumuladas no fim de ano. O destaque é para o cartão de crédito. Andréia recomenda o pagamento total para fugir dos altos juros das operadoras de cartão (mais de 230% ao ano). Salários com descontos O salário mínimo sofreu reajuste nominal de 14,13% e chegou a R$ 622. Essa alta, no entanto, não impede o impacto dos descontos gigantes no holerite do trabalhador. Andréia lembra que, em março há descontos maiores relativos às contribuições sindicais e às anuidades profissionais. As pessoas devem considerar esses descontos na hora de fazer o orçamento, salienta. Inflação As contas maiores de janeiro são refletidas na inflação. O primeiro mês do ano apresenta, em geral, os índices inflacionários mais elevados, acima da casa do 1%. Conforme o economista José Francisco, pesquisador do Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais (Nepes) da universidade Anhanguera/Uniderp, a inflação de janeiro é puxada, sobretudo, pelo grupo Educação. É o mês em que acontecem as renovações de contratos das escolas, detalha.\n \n
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