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ImprimirO consumidor continua tomando susto na hora de pagar a conta do açougue em Campo Grande. Em um ano, comparando abril de 2015 com o de 2016, os preços da carne bovina subiram, em média, 23,83%, de acordo com pesquisa do Núcleo de Pesquisas Econômicas (Nepes) da Uniderp. Dentre os 14 cortes pesquisados, todos tiveram alta nos últimos 12 meses, com a maior para o cupim, que ficou 49% mais caro.
A média de reajuste é mais que o dobro da inflação acumulada no período, que foi de 9,30% - segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Capital pesquisado pelo Nepes. “A gente esperava que fosse estabilizar ou até cair (o preço), mas não está acontecendo isso, continua aumentando”, diz o economista do Núcleo, Celso Correia de Souza. Confira as principais altas no infográfico.
O motivo, ele explica, é a falta de boi gordo para abate, enquanto a demanda de consumo continua crescendo. A elevação dos preços vem desde o ano passado e não há tendência de queda, pelo menos, a curto prazo. “As exportações têm aumentado e aí o preço aumenta porque a oferta de carne interna cai. O clima está ruim, falta um mês para o inverno e já está faltando boi gordo, então, você imagina o que pode acontecer com o preço da carne nos próximos meses”, alerta.