Agência Brasil/AB
ImprimirDe janeiro a julho deste ano, a venda de novas cotas de consórcios no setor de serviços cresceu 50% sobre o mesmo período de 2015 e, só em julho último, houve elevação de 20% na comparação com igual mês do ano passado. O número de participantes ativos aumentou de 28,5 mil para 35 mil, uma alta de 22,8%. Os dados são de pesquisa da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac).
Para o o presidente da entidade, Paulo Roberto Rossi, a variedade de opções que o consorciado tem para utilizar o crédito na contratação de serviços e o baixo custo justificam essa evolução no mercado de consórcios.
“A versatilidade dos consórcios de serviços tem sido considerada como diferencial pelos consumidores”, afirmou, em comunicado da associação. O executivo observou que, ao ser contemplado, o consorciado pode mudar a opção do serviço contratado inicialmente, e até ampliá-lo, usufruindo dos créditos de várias maneiras.
Em julho, foram contemplados 6,15 mil participantes, 32,3% a mais do que em igual mês do ano passado, com um volume de crédito que subiu 32,4% (de R$ 25,89 milhões para R$ 34,27 milhões). A maioria preferiu usar o dinheiro para os serviços residenciais, modalidade que atingiu 63,1%, seguido de saúde e estética (17%) com o predomínio de cirurgias plásticas e, no caso de festas ou eventos, essa escolha foi feita por 6,4% dos participantes.
Outras utilizações apontam as seguintes preferências: reparação de veículos (2,2%); turismo (1,9%); serviços odontológicos (1,8%) ; serviços educacionais( 1,1%); serviços oftalmológicos (0,2% ) e outros (6,3%).
De acordo com a Abac, nos sete anos de existência desse tipo de consórcio, o conjunto outros inclui serviços advocatícios; de aração de solo; assessoria financeira; assessorias diversas; aulas particulares; consertos em geral; criação de identificação visual em comunicação; corte e dobra de chapas; curso de autoescola; curso de piloto; desenvolvimento de sistemas; estofamento; fotografia; informática; instalações; locação de veículos; mecânica; montagens; mudanças; pintura de veículo; segurança; telecomunicações; treinamento e terraplanagem.
Mudança de perfil na escolha
A Abac informou ainda que os efeitos da crise econômica se refletiram em mudança no tipo de serviço escolhido e, para mostrar isso, comparou os resultados de julho com fevereiro último. Naquele mês, a procura por serviços residenciais, que também era preferência, teve uma participação de 41,8%, taxa que aumentou para 63,1%, em julho. Já em relação aos serviços, considerados não essenciais em momentos de crise, houve cortes.
No caso das cirurgias plásticas, a escolha caiu 12,9 pontos porcentuais, fazendo com que o segmento saúde e estética passasse de 29,9% para 17%. O uso do crédito para festas e eventos teve redução de 50%. Em fevereiro, 13% dos consorciados destinaram os recursos para esta finalidade, taxa que baixou para 6,4%.
Por gênero
Os homens são maioria na busca pelos consórcios dos serviços, somando 73,1% entre os mais de 35 mil consorciados no país, enquanto as mulheres têm uma participação de 23,3%. A pesquisa aponta ainda que a presença de pessoas jurídicas dobrou em relação a outubro do ano passado, quando era de 1,8%, atingindo 3,6%. O prazo médio dos grupos é de 36 meses, com crédito médio de R$ 6.646,00. Os valores dos contratos variam de R$ 2 mil a R$ 24 mil a uma taxa de administração de 0,48% ao mês.