Domingo, 20 de Abril de 2025
Economia
22/02/2013 09:00:00
Criação de empregos formais tem pior resultado para janeiro em 4 anos
Isso representa uma queda de 75,7% na comparação com janeiro de 2012, quando foram abertas 118.895 vagas formais de trabalho.

G1/LD

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\n \n Em janeiro deste ano, foram criados no país 28,9 mil empregos com carteira\n assinada, segundo informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados\n (Caged) divulgadas nesta sexta-feira (22) pelo Ministério do Trabalho.nbsp;\n \n Isso\n representa uma queda de 75,7% na comparação com janeiro de 2012, quando foram\n abertas 118.895 vagas formais de trabalho. É também o pior resultado, para\n meses de janeiro, desde 2009, quando foram fechadas 101.748 vagas. Naquele\n momento, o país passava pela primeira etapa da crise financeira internacional.\n \n O\n número de empregos formais criados em janeiro deste ano também ficou distante\n do recorde para o período, registrado no primeiro mês de 2010 – quando foram\n abertas 181.419 vagas com carteira assinada. Os números de janeiro de cada ano\n não foram ajustados para incluir empregos declarados fora do prazo\n formal.nbsp;\n \n Resultado “ruim” e medidas de estímulo
\n O diretor do Departamento de Emprego e Salário do Ministério do Trabalho,\n Rodolfo Torelly, admitiu que a criação de empregos formais em janeiro deste ano\n foi "tecnicamente ruim", e abaixo do esperado. A equipe técnica do\n Ministério do Trabalho esperava a criação de cerca de 100 mil vagas no primeiro\n mês deste ano.\n \n "Não\n é péssimo porque foi positivo (...) Indica uma perda de dinamismo do emprego,\n já apontada em 2012. Acredito que as medidas que o governo tomou vão mostrar\n seu efeito no curto prazo, ainda neste primeiro semestre", afirmou\n Torelly, acrescentando que a previsão para este ano, de 1,7 milhão de vagas,\n ainda está mantida. Entretanto, ele admite que "ficou mais difícil"\n atingir este valor em 2013.\n \n Para\n recuperar o crescimento, a equipe econômica do governo anunciou, no ano\n passado, uma série de medidas, como a redução do IPI para a linha branca\n (geladeiras, fogões e máquinas de lavar) e para os automóveis e, também, a\n desoneração da energia elétrica para consumidores residenciais e industriais.\n \n Além\n disso, também reduziu o IOF para empréstimos tomados pelas pessoas físicas, deu\n prosseguimento às desonerações da folha de pagamentos, liberou cerca de R$ 100\n bilhões em depósitos compulsórios para os bancos e vem reduzindo a taxa básica\n de juros desde agosto do ano passado. Atualmente, os juros estão em 7,25% ao\n ano – os menores da história.\n \n Ano de 2012
\n Em todo ano passado, foram abertas 1,3 milhão de vagas, com queda de 33% frente\n a 2011. "Esse número na geração de empregos decorre dos efeitos da crise\n internacional. Houve um desaquecimento da economia no mundo inteiro. O Brasil,\n mesmo assim, conseguiu responder aos efeitos da crise, gerando um saldo\n positivo de empregos", declarou o ministro do Trabalho, Brizola Neto, no\n mês passado.\n \n Setores da economia
\n Segundo os números do governo federal, a indústria de transformação foi o setor\n que mais contratou em janeiro deste ano, com a abertura de 43,37 mil empregos\n formais, um aumento frente a janeiro de 2012 (+37,46 mil vagas).\n \n Em\n segundo lugar, aparece a construção civil, com a criação de 33,42 mil vagas com\n carteira assinada no primeiro mês deste ano, valor que é menor do que a criação\n de 42,19 mil vagas abertas em janeiro de 2012. No caso do setor de serviços,\n houve a abertura de 14,74 mil empregos em janeiro deste ano, contra a criação\n de 61,46 mil empregos no mesmo período do ano passado.\n \n O\n comércio, porém, fechou 67,45 mil vagas em janeiro de 2013, valor que supera em\n muito o fechamento de vagas registrado pelo setor em janeiro do último ano\n (-36,34 mil postos formais), ao mesmo tempo em que as demissões na agricultura\n superaram as contratações em 622 no primeiro mês deste ano. Já a indústria\n extrativa mineral registrou a abertura de 454 vagas, segundo os números do\n Ministério do Trabalho.\n \n "Quando\n a gente olha este resultado por dentro, a indústria e a construção civil são\n positivos. A indústria teve um resultado melhor do que o do ano passado, e o\n quarto melhor para janeiro da história da indústria. Isso é um bom sinal. Por\n outro lado, o comércio teve o pior janeiro desde o início da série histórica,\n em 1992", declarou Torelly, do Ministério do Trabalho.\n \n Distribuição geográfica dos empregos
\n Por regiões do país, ainda de acordo com o Ministério do Trabalho, o destaque\n ficou por conta do Sul, com 48,84 mil postos formais abertos em janeiro. Em\n segundo lugar, aparece a região Centro-Oeste, com a abertura de 16,33 mil vagas\n com carteira criadas no primeiro mês deste ano.\n \n A\n região Sudeste, por sua vez, fechou 1.583 empregos em janeiro de 2013, enquanto\n que o Norte registrou a demissão de 5.495 trabalhadores no primeiro mês deste\n ano. A região Nordeste, por sua vez, fechou 29,2 mil postos de emprego com\n carteira assinada no mês passado.\n \n \n \n \n
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