\n Quem resolver fazer a declaração do Imposto de Renda em casa, e sem a ajuda de um contador, deve ficar atento com as muitas “pegadinhas” que podem atrapalhar a vida do contribuinte. Documentação, detalhes no programa da Receita Federal e conhecimento da ferramenta são apenasnbsp;alguns exemplos dasnbsp;dificuldades que podem aparecer, e acabar deixando o nome do contribuinte na malha fina do “Leão”. A declaração de IR (Imposto de Renda Pessoa Física) pode ser entregue até o dia 30 de abril. Ela é obrigatória para os contribuintes com rendimentos superiores a R$ 22.487,25 em 2012, o equivalente a mais de R$ 1.637,11 por mês. Desde 2011 a declaração do IRPF não pode mais ser feita em papel,nbsp;e deve ser entregue por meio de um formulário na internet, disponível no portal da Receita (www.receita.fazenda.gov.br). Convidado pelo Midiamax a dar as principais dicas para quem vai fazer a declaração em casa, o contador Adriel Henrique Fagundes destacou que o contribuinte não deve ter receio de pedir ajuda. “O programa da Receita tem uma opção de explicação muito eficiente, só apertar F1 para esclarecer suas dúvidas, e no site da Receita também existe um manual completo da declaração. O que o contribuinte deve fazer é usar sem medo essas ferramentas”, opinou o contador. São duas formas de declaração: a simplificada e a completa. A entrega de forma simplificada substitui todas as deduções admitidas para a base de cálculo pelo desconto de 20% aplicado sobre o valor dos rendimentos tributáveis na Declaração de Ajuste Anual.nbsp;Já na modalidade completanbsp;o contribuinte lança no sistema todos os gastos dedutíveis, como saúde e educação. A alíquota de Imposto de Renda a ser paga depende do rendimento do contribuinte, e varia entre 7,5% e 27,5%. Para fazer a declaração do IR 2013, primeiramente é necessário baixar o programa IRPF 2013, disponível no site da Receita Federal desde 25 de fevereiro. Ele pode ser utilizado em qualquer sistema operacional, desde que no computador esteja instalado o programa virtual Java. Dicas Se decidir fazer a declaração sozinho, a maior atenção do contribuinte deve ser com o item “deduções”. “A cada dez clientes que atendo, que me procuram para ajudar na declaração, nove erram ao lançar as deduções, é o principal problema enfrentado para quem vai fazer sozinho as declarações”, afirmou Fagundes. Outra atenção especial deve ser dada na hora de declarar os bens, em especial carro e casa. “Os dois, quitados ou financiados, tem que ser declarados, com seus respectivos documentos. No caso da casa, tem que declarar quanto já foi pago se for financiado, o carro tem que declarar o quanto ainda falta pagar. São diferenças mínimas, mas que podem causar erros na declaração de imposto de renda”, explicou o contador. Engano comum é referente aos dependentes. Segundo Fagundes, não basta ser pai ou mãe para que o filho possa ser declarado como dependente. Se os pais forem separados, por exemplo, quem não tem a guarda tem que comprovar juridicamente que é responsável financeiramente pelo dependente. Para Fagundes, uma dica primordial é a organização. “Entendo que o contribuinte deve organizar toda documentação antes de iniciar o preenchimento ou até mesmo envio dos documentos para o contador, ter em mãos os comprovantes de rendimentos recebidos de pessoas físicas e jurídicas, informes bancários, documentos que comprovam doação e pagamentos dedutíveis do imposto de renda, relação de bens, direitos e dívidas, deve se atentar aos documentos hábeis para comprovar cada situação”, explicou. Fagundes acredita que, para fugir da malha fina, o contribuinte deve buscar a ajuda de um contador. \n \n