A dívida pública federal (DPF) cresceu 1,79% em dezembro, comparado a\n novembro, e soma R$ 1,866 trilhão. Houve, portanto, aumento nominal de \n R$ 32,81 bilhões no último mês de 2011, de acordo com relatório \n divulgado hoje (30) pela Secretaria do Tesouro Nacional. No acumulado do\n ano passado, a DPF cresceu 10,17%, o equivalente a R$ 172,3 bilhões.\n \t O crescimento da dívida pública no mês passado resultou da emissão \n de R$ 38,66 bilhões em títulos – dos quais 78,68% com remuneração \n prefixada -- contra resgates de títulos no valor de R$ 25,92 bilhões. \n Essa operação resultou em uma emissão líquida de R$ 12,74 bilhões em \n títulos, que se somaram aos R$ 17,49 bilhões pagos em juros no mês para \n aumentar a dívida.\n \t O aumento do endividamento em 2011 foi resultado das despesas com \n juros, no valor de R$ 211,52 bilhões, e de menos resgates líquidos de \n títulos em poder de terceiros, no total de R$ 39,20 bilhões. No geral, \n os resgates foram de R$ 84,20 bilhões, neutralizados, em parte, pela \n capitalização de R$ 45 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento \n Econômico e Social (BNDES).\n \t Na composição da dívida total, 95,54% se referem à dívida interna \n (DPFi) e 4,46% à dívida externa (DPFe). O Tesouro conseguiu, ao longo de\n 2011, reduzir a participação percentual da dívida interna, em razão, \n principalmente, do aumento gradativo da emissão de títulos com \n remuneração prefixada, enquanto as demais modalidades de correção \n caíram.\n \t Os títulos corrigidos por taxas prefixadas equivalem a 38,28% do \n total da dívida, equivalentes a R$ 682 bilhões, enquanto 31,7% (R$ 565 \n bilhões) são remunerados por taxas posteriores, determinadas pela \n variação da taxa básica de juros (Selic), enbsp;29,6% (R$ 527 bilhões) são \n atrelados a índices de inflação. Resta ainda um residual de 0,4% de \n títulos (R$ 7,2 bilhões) corrigidos pelo dólar.\n \t De acordo com o relatório, houve melhora no perfil da DPF, uma vez \n que o prazo médio de vencimento dos títulos mobiliários federais subiu \n de 3,51 anos, em 2010, para 3,62 anos, em 2011. O prazo médio da DFPi \n passou de 3,36 anos para 3,49 anos, e o prazo médio da DFPe evoluiu de \n 6,15 anos para 6,48 anos. O vencimento da dívida de curto prazo, que era\n de 22,73% dos títulos, em 2010, caiu para 21,89% no final de 2011, \n equivalentes a R$ 408,53 bilhões.\n \n