Quinta-Feira, 1 de Maio de 2025
Economia
21/02/2013 09:00:00
Dívida Pública Federal pode alcançar até R$ 2,24 trilhões em 2013
Depois de superar a barreira de R$ 2 trilhões em dezembro, a Dívida Pública Federal (DPF) deverá encerrar o ano numa faixa entre R$ 2,1 trilhões e R$ 2,24 trilhões.

Agência Brasil/LD

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\n \n Depois de superar a barreira de R$ 2 trilhões em dezembro, a\n Dívida Pública Federal (DPF) deverá encerrar o ano numa faixa entre R$ 2,1\n trilhões e R$ 2,24 trilhões. Os números foram divulgados hoje (21) pelo Tesouro\n Nacional, que apresentou o Plano Anual de Financiamento (PAF) da dívida pública\n em 2013. \n \n De acordo com o PAF, que apresenta metas para a dívida pública para\n este ano, o governo pretende continuar a melhorar a composição da DPF em 2013,\n ampliando a fatia de títulos prefixados (com taxas de juros fixas e definidas\n antecipadamente) e vinculados à inflação e diminuindo a parcela corrigida por\n taxas flutuantes como a Selic (juros básicos da economia) e pelo câmbio. \n \n Segundo o documento, a fatia dos títulos prefixados deverá\n encerrar o ano entre 41% e 45% da DPF. Atualmente, a participação está em 40%.\n A parcela corrigida por índices de preços deverá ficar entre 34% e 37%. Hoje,\n está em 33,9%. \n \n A parcela da DPF vinculada a taxas flutuantes deverá cair de\n 21,7%, registrado atualmente, para uma faixa entre 14% e 19%. Já a participação\n da dívida corrigida pelo câmbio, considerando a dívida pública externa, deverá\n encerrar 2013 entre 3% e 5%. O percentual atual está em 4,4%. Os números não\n levam em conta as operações de compra e venda de dólares no mercado futuro pelo\n Banco Central, que interferem no resultado. \n \n Em 2012, a DPF registrou a melhor composição da história. A queda\n da participação de títulos corrigidos por taxas flutuantes foi possível porque\n o governo fez duas operações de trocas de papéis que reduziram a exposição da\n dívida à taxa Selic. \n \n Essas operações reduziram o risco da dívida pública, porque os\n títulos vinculados à Selic pressionam o endividamento do governo quando os\n juros sobem. Caso o Banco Central reajuste os juros básicos, a parte da dívida\n interna corrigida pela Selic aumenta imediatamente. A taxa de juros dos papéis\n prefixados é definida no momento da emissão e não varia ao longo do tempo.\n Desta forma, o Tesouro sabe exatamente quanto pagará de juros daqui a vários\n anos, quando os papéis vencerem e os investidores tiverem de ser reembolsados. \n \n O Plano Anual de Financiamento também prevê que o governo tentará\n aumentar o prazo da DPF. No fim de 2012, o prazo médio ficou em quatro anos. O\n PAF estipulou que ficará entre 4,1 anos e 4,3 anos no fim de dezembro. O\n Tesouro divulga as estimativas em anos, não em meses. Já a parcela da dívida\n que vence nos próximos 12 meses encerrará o ano entre 21% e 25%. Atualmente,\n está em 24,4%. \n \n O documento ressaltou ainda que o Tesouro Nacional possui dois\n mecanismos de segurança para assegurar a capacidade de financiamento do governo\n em caso de crise econômica que não permita ao Tesouro lançar títulos no\n mercado. Em primeiro lugar, o Tesouro tem um colchão de R$ 9,7 bilhões de\n compras antecipadas de dólares, suficiente para pagar 61% da dívida externa a\n vencer até 2015. Além disso, o governo tem reservas em caixa para cobrir cerca\n de cinco meses de vencimentos da DPF. \n \n Por meio da dívida pública, o Tesouro Nacional emite títulos e\n pega dinheiro emprestado dos investidores para honrar compromissos. Em troca, o\n governo compromete-se a devolver os recursos com alguma correção, que pode\n seguir a taxa Selic, a inflação, o câmbio ou ser prefixada. \n \n \n \n \n
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