Economia
19/12/2012 11:51:54
Dólar a R$ 2,20 é o ideal para o Brasil, afirma especialista
O dólar começou janeiro a R$ 1,87, já bem acima dos R$ 1,78 que chegou a valer em dezembro passado. A cotação mais baixa do ano foi registrada em 9 de fevereiro: R$ 1,71. No final de novembro, atingiu R$ 2,12.
Terra/HJ
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\n \n O ano foi de recuperação. Se até o final de 2011 os exportadores\n perdiam o sono com a cotação do dólar, é provável que em 2013 haja mais motivos\n para comemorar. De R$ 1,70 - margem considerada bastante desfavorável a quem\n vende para outros países -, a moeda americana chega a dezembro cumprindo uma\n trajetória de ascendência ao longo dos últimos meses. Deve seguir cotada a\n cerca de R$ 2,10. \n \n O dólar começou janeiro a R$ 1,87, já bem acima dos R$ 1,78 que\n chegou a valer em dezembro passado. A cotação mais baixa do ano foi registrada\n em 9 de fevereiro: R$ 1,71. No final de novembro, atingiu R$ 2,12. Durante todo\n o ano, profissionais que dependem do dólar acompanharam oscilações constantes e\n um cenário de incerteza.
Ao mesmo tempo em que o governo brasileiro dava sinais\n de que a valorização do real estava contida, exportadores ainda não se sentiam\n seguros para voltar fechar negócios internacionais com a mesma intensidade de\n antes. Mas para 2013, o cenário segue otimista: o real deve seguir um ritmo de\n valorização, estável entre R$ 2,05 e R$ 2,15, de acordo com o gerente da Mesa\n do Banco Confidence, Felipe Pellegrini. "No começo do ano, o dólar estava\n muito defasado. Os ajustes que foram feitos o deixaram mais de acordo com a\n realidade da economia brasileira", diz.\n \n Achar que a alta do dólar é favorável apenas à exportação é uma\n atitude equivocada. É o que afirma o professor da Escola de Economia da FGV-SP\n Samy Dana. "O real muito valorizado também é ruim para o Brasil. Ele\n desestimula as exportações, já que fica mais difícil formar preços\n competitivos, e mata a indústria nacional por conta do aumento da entrada de\n produtos de fora", explica. Dana prevê que a moeda chegue à casa de R$\n 2,20 no ano que vem. "Seria o mais adequado para a economia, pois é o ponto\n de equilíbrio entre a importação e a exportação", acrescenta.
Amargar uma\n nova queda considerável não está nas apostas dos especialistas: para o\n professor da FGV, a expectativa é de que o governo brasileiro siga estimulando\n as exportações, uma estratégia para aumentar o Produto Interno Bruto (PIB).\n \n A queda na taxa de juros é outro fator que pode dar continuidade à\n alta do dólar. De acordo com Pellegrini, a previsão é de que seja batido o\n recorde de baixa da margem. "Isso afasta o capital estrangeiro e faz com\n que a tendência de alta seja maior", explica.
Recentemente, a taxa foi\n mantida no nível atual - o que não significa que movimentos de queda estão\n descartados para 2013. "A taxa de juros brasileira ainda é muito alta, e a\n ideia é condicioná-la a de outros países. Isso ajudaria a fazer com que o dólar\n valorizasse perante o real", acrescenta. Para o especialista, o\n comportamento da moeda americana no próximo ano vai depender, além de ações do\n governo brasileiro, do desenrolar da crise na Europa e das decisões da Casa\n Branca a respeito do abismo fiscal. nbsp;\n \n \n \n \n
Ao mesmo tempo em que o governo brasileiro dava sinais\n de que a valorização do real estava contida, exportadores ainda não se sentiam\n seguros para voltar fechar negócios internacionais com a mesma intensidade de\n antes. Mas para 2013, o cenário segue otimista: o real deve seguir um ritmo de\n valorização, estável entre R$ 2,05 e R$ 2,15, de acordo com o gerente da Mesa\n do Banco Confidence, Felipe Pellegrini. "No começo do ano, o dólar estava\n muito defasado. Os ajustes que foram feitos o deixaram mais de acordo com a\n realidade da economia brasileira", diz.\n \n Achar que a alta do dólar é favorável apenas à exportação é uma\n atitude equivocada. É o que afirma o professor da Escola de Economia da FGV-SP\n Samy Dana. "O real muito valorizado também é ruim para o Brasil. Ele\n desestimula as exportações, já que fica mais difícil formar preços\n competitivos, e mata a indústria nacional por conta do aumento da entrada de\n produtos de fora", explica. Dana prevê que a moeda chegue à casa de R$\n 2,20 no ano que vem. "Seria o mais adequado para a economia, pois é o ponto\n de equilíbrio entre a importação e a exportação", acrescenta.
Amargar uma\n nova queda considerável não está nas apostas dos especialistas: para o\n professor da FGV, a expectativa é de que o governo brasileiro siga estimulando\n as exportações, uma estratégia para aumentar o Produto Interno Bruto (PIB).\n \n A queda na taxa de juros é outro fator que pode dar continuidade à\n alta do dólar. De acordo com Pellegrini, a previsão é de que seja batido o\n recorde de baixa da margem. "Isso afasta o capital estrangeiro e faz com\n que a tendência de alta seja maior", explica.
Recentemente, a taxa foi\n mantida no nível atual - o que não significa que movimentos de queda estão\n descartados para 2013. "A taxa de juros brasileira ainda é muito alta, e a\n ideia é condicioná-la a de outros países. Isso ajudaria a fazer com que o dólar\n valorizasse perante o real", acrescenta. Para o especialista, o\n comportamento da moeda americana no próximo ano vai depender, além de ações do\n governo brasileiro, do desenrolar da crise na Europa e das decisões da Casa\n Branca a respeito do abismo fiscal. nbsp;\n \n \n \n \n
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