Terra/PCS
ImprimirO dólar caía mais de 1% frente ao real nesta sexta-feira acompanhando o cenário externo, apesar de o Banco Central voltar a atuar no mercado de câmbio após a moeda norte-americana cair abaixo dos R$ 3,50.
A sessão também era marcada pela briga para a formação da Ptax de abril, o que pode trazer mais volatilidade aos negócios.
Às 10:22, o dólar recuava 1,43%, a R$ 3,4477 na venda, após queda de 0,76% na véspera, quando foi abaixo de R$ 3,50 após duas semanas.
"A tendência para o dólar segue de queda. O BC entrou e, mesmo assim, o dólar não voltou (a subir)", disse o operador de câmbio da Intercam Corretora, Glauber Romano.
O Banco Central vendeu 9,6 mil contratos da oferta de até 20 mil contratos de swap cambial reverso, equivalente a compra futura de dólares, nesta manhã. A autoridade monetária voltou ao mercado após ficar de fora por quatro sessões consecutivas.
Em seguida, o BC anunciou novo leilão de swap reverso, ofertando os 10,4 mil contratos restantes da primeira rodada.
À tarde, a autoridade monetária ofertará ainda US$ 2 bilhões com compromisso de recompra, conhecido como leilão de linha. Segundo a assessoria de imprensa do BC, a oferta será para rolagem.
O dólar também perdia força no exterior ainda na esteira de dados dos Estados Unidos que mostraram números mais fracos do crescimento econômico e depois de o Federal Reserve, banco central norte-americano, mostrar cautela na alta de juros.
A sessão no Brasil era marcada ainda pela formação da Ptax de abril, taxa calculada pelo BC que serve de referência para diversos contratos cambiais, o que pode trazer alguma volatilidade aos negócios.
"A impressão é que o mercado tem viés de baixa na formação da Ptax e isso está influenciando também", disse o economista da corretora BC Liquidez, Alfredo Barbutti.
O cenário político seguia no radar dos investidores, que aguardavam os desdobramentos do processo de impeachment da presidente Dilema Rousseff. Na véspera, a comissão especial do Senado ouviu as denúncias para o pedido de impedimento e, nesta sexta-feira, é a vez da defesa da presidente falar aos senadores.