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ImprimirO dólar opera em queda de mais de 1% nesta quinta-feira (5), voltando a ser negociado na casa de R$ 3,30, após o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitar por 6 votos a 5 o pedido de habeas corpus pedido pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, autorizando a execução da prisão deixando-o mais próximo de ser preso para cumprir pena pela condenação no processo do tríplex do Guarujá (SP).
Às 10h, a moeda dos EUA caía 1,04% frente ao real, a R$ 3,3056. Na véspera, em meio à cautela em relação ao desfecho do julgamento do STF, o dólar chegou a R$ 3,3678, mas encerrou o pregão perto da estabilidade, a R$ 3,3403, maior cotação desde 18 de maio de 2017 (R$ 3,3836).
No exterior, também diminuíram as tensões em torno de uma possível guerra comercial entre Estados Unidos e China, o que contribui para um ambiente de maior busca pelo risco nesta sessão.
O sentimento melhorou após os Estados Unidos terem sinalizado disposição para negociar uma solução para a briga comercial depois que as tarifas norte-americanas propostas sobre US$ 50 bilhões em produtos chineses levaram a uma resposta rápida de Pequim, que retaliaria visando as principais importações dos EUA.
Muitos investidores viram o último plano de tarifas do presidente norte-americano Donald Trump como parte de sua estratégia de negociação, em vez de sua política final.
"Acredito que a substância das restrições comerciais e seu impacto real serão muito menores do que as manchetes", disse Jeffery Becker, presidente do conselho e presidente-executivo da Jennison Associates.
O Banco Central brasileiro não anunciou qualquer intervenção no mercado de câmbio nesta sessão. Em maio, vencem US$ 2,565 bilhões em swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares.