G1/LD
ImprimirO dólar continua a subir em relação ao real nesta quinta-feira (7) e chegou a operava acima de R$ 3,90 no início dos negócios, com os investidores ainda cautelosos diante das incertezas nos quadros fiscal e político.
Às 11h02 a moeda norte-americana tinha valorização de 1,11%, a R$ 3,8797. Na máxima até agora, a cotação chegou a R$ 3,9133.
O dólar não era cotado acima dos R$ 3,90 desde março de 2016.
Na véspera, a moeda subiu 0,72%, a R$ 3,8371 na venda. Na máxima do dia, chegou a R$ 3,8493.
Efeito greve
Para o economista Alexandre Cabral, um misto de notícias contribui para a desvalorização do real.
"A Anfavea divulgou ontem que 25 mil carros deixaram de ser entregues devido à greve dos caminhoneiros e o mercado passou a ter certeza que o PIB do segundo trimestre vem pior do que o esperado. E hoje de manhã foi divulgado o IGP-DI, pela FGV, que mostrou uma inflação de 1,64% em maio, forte devido a vários fatores como a paralisação e a desvalorização do real", afirmou.
Intervenção do BC
O BC oferta nesta sessão até 8.800 swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de julho. Também ofertará até 15 mil novos swaps.
O Tesouro Nacional decidiu reforçar sua intervenção na renda fixa. A instituição realiza hoje e amanhã leilões de compra e venda de títulos públicos prefixados (NTN-F).
Já o BC atuará nesta quinta-feira com operações compromissadas com prazo mais longo, de nove meses, no qual serão envolvidos LTN, NTN-B e NTN-F. Especialistas ouvidos pelo G1 avaliam que a medida é um movimento claro de tentar acalmar o mercado financeiro.