Após operar em alta a maior parte do dia, o dólar fechou em queda nesta\n quinta-feira (26), abaixo de R$ 2,20, no menor nível desde outubro do ano\n passado, após um fluxo de entrada de divisas apurado no fim do pregão levar as\n cotações abaixo do piso informal de R$ 2,20 e desencadear uma série de\n operações para limitar perdas.\n \n A moeda norte-americana recuou 0,44%, cotada a R$ 2,1963 na venda. Trata-se\n da menor cotação de fechamento desde 30 de outubro, quando fechou a R$ 2,192.\n Segundo dados da BMamp;F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,8 bilhão.\n \n Na véspera, a divisa tinha fechado em queda de 0,93%, a R$ 2,206.\n \n "Foi um fator técnico, com alguns investidores zerando posições",\n disse à Reuters o estrategista-chefe do banco Mizuho, Luciano Rostagno.\n \n Boa parte do mercado acredita que o Banco Central não quer que o dólar caia\n abaixo deste patamar devido a possíveis impactos adversos sobre as exportações.\n Por outro lado, a percepção é de que a autoridade monetária quer evitar\n cotações muito acima de R$ 2,25, que poderiam pressionar a inflação via\n encarecimento de importados.\n \n Para se proteger no caso de suas expectativas se mostrarem erradas, alguns\n montaram operações de venda de moeda estrangeira que seriam iniciadas\n automaticamente caso o dólar recuasse baixo desse piso informal, limitando suas\n perdas, de acordo com a Reuters.\n \n A moeda norte-americana chegou a encostar no nível dos R$ 2,20 diversas\n vezes na véspera, mas não conseguiu romper o suporte.\n \n O dólar vinha oscilando dentro dessa banda informal praticamente desde o\n início de abril. A divisa chegou a flertar com níveis mais altos em meados de\n junho em meio a expectativas de que o BC poderia reduzir o ímpeto de suas\n intervenções no câmbio, mas o movimento perdeu força após a autoridade\n monetária assegurar que continuará atuando diariamente até pelo menos o fim do\n ano no mesmo ritmo.\n \n Apesar de ter rompido o piso de R$ 2,20 nesta sessão, analistas afirmam que\n o dólar não deve se sustentar nesses níveis mais baixos. "O investidor já\n assume que, quando o dólar recua muito, o BC pode tomar uma atitude",\n afirmou o diretor de câmbio da corretora Pioneer, João Medeiros.\n \n Atuação do BC
\n O BC vendeu pela manhã a oferta total de até 4 mil swaps de seus leilões\n diários, com volume equivalente a US$ 198,4 milhões. Foram 2,5 mil contratos\n para 2 de fevereiro e 1,5 mil para 1º de junho de 2015.\n \n Em seguida, vendeu a oferta total de até 10 mil swaps para rolagem dos\n contratos que vencem em julho. Ao todo, já rolou pouco mais de 80% do lote\n total, que corresponde a US$ 10,060 bilhões.\n \n Na primeira metade do dia, a moeda norte-americana registrou leves altas,\n corrigindo parte das quedas vistas nas últimas sessões e acompanhando o\n fortalecimento da divisa norte-americana no exterior.\n \n Dados fracos sobre confiança do consumidor e pedidos de auxílio-desemprego\n nos EUA não foram suficientes para acabar com o otimismo sobre as perspectivas\n de crescimento e levaram o dólar a subir contra moedas como o euro.