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ImprimirApós abrir em queda e subir mais de 1% após a Fitch rebaixar nota do Brasil de "BBB" para "BBB-", o dólar voltou a cair e fechou em baixa nesta quinta-feira (15),
A moeda norte-americana recuou 0,32%, a R$ 3,8005 na venda.
A Fitch manteve o grau de investimento do Brasil. Apesar de a agência ter alertado que Brasil o país pode perder este "selo de bom pagador" no curto prazo, ao colocar o país com perspectiva negativa, os operadores avaliavam que o rebaixamento não deve servir de gatilho para mais uma rodada de pânico como a que assombrou os mercados no mês passado (quando o Brasil foi rebaixado pela Standard and Poors e perdeu o grau de investimento), uma vez que muitos operadores já haviam se antecipado à decisão da agência, destaca a Reuters.
"O mercado só vai reagir com bastante força quando houver de fato uma retirada do grau de investimento", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado. "Por enquanto, (a decisão da Fitch) deixa o mercado com o radar ligado, mais sensível a altas".
Veja a cotação ao longo do dia:
Às 9h09, recuava 0,54%, a R$ 3,7919. Às 9h50, subia 0,12%, a R$ 3,8175. Às 10h49, subia 0,03%, a R$ 3,814. Às 11h29, subia 1,17%, a R$ 3,8575. Às 11h50, subia 1,37%, a R$ 3,865. Às 12h10, subia 0,7%, a R$ 3,8394. Às 12h29, subia 0,96%, a R$ 3,8495. Às 13h10, subia0,74%, a R$ 3,841. Às 13h50, subia 0,23%, a R$ 3,8214. Às 14h19, subia 0,10% a R$ 3,8165. Às 14h45, subia 0,24% a R$ 3,8216. Às 15h20, subia 0,28% a R$ 3,8234. Às 15h50, subia 0,03%, a R$ 3,8136. Às 16h09, caía 0,01%, a R$ 3,8121. Às 16h40, caía 0,27%, a R$ 3,8023.
Na semana, o dólar tem alta acumulada de 1,11% e no mês, queda de 4,16%. No ano, há valorização de 42,95%.
Grau de investimento
A agência de classificação de risco Fitch rebaixou a nota do Brasil de "BBB" para "BBB-", mas ainda dentro do grau de investimento. A nota "BBB-" é a última dentro do grau de investimento, espécie de selo de país bom pagador de sua divida. De acordo com a Fitch, o rebaixamento reflete o crescente peso da dívida do governo do Brasil, o aumento dos desafios para a consolidação fiscal e a piora do cenário para o crescimento econômico.
"O ambiente político está dificultando o andamento da agenda legislativa [do Congresso], criando um ciclo negativo para a economia", disse a agência.
Cenário político
Segundo operadores, o mercado brasileiro continuava mais sensível que outros mercados devido à crise política.
Analistas da Guide Investimentos, de acordo com a Reuters, destacaram em nota a clientes o "noticiário político ainda intenso", mas ressaltaram que "tudo indica que continuaremos em 'stand by': Cunha e Planalto tentam costurar acordão", referindo-se ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Expextativa sobre alta de juros nos EUA
Pela manhã, o dólar já havia esboçado movimento de alta, após dados sobre a inflação e o mercado de trabalho nos Estados Unidos atenuarem um pouco as apostas de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, não eleve os juros neste ano.
O núcleo da inflação ao consumidor nos Estados Unidos, que exclui preços voláteis como alimentos e energia, acelerou para 0,2% em setembro, após marcar 0,1% no mês anterior. Os preços ao consumidor como um todo, no entanto, recuaram 0,2%, pressionado pela queda da gasolina.
Além disso, o número de pedidos de auxílio-desemprego atingiu 255 mil na semana passada, novamente o menor nível em 42 anos, sugerindo que o mercado de trabalho norte-americano permanece forte apesar da abrupta desaceleração na criação das vagas de emprego nos últimos dois meses.
As expectativas sobre os juros nos Estados Unidos afetam a tendência do dólar em relação ao real. Isso porque taxas mais altas naquele país Unidos atrairiam para lá recursos aplicados atualmente em outros mercados, como o Brasil. Com o país mais atraente para investimentos, aumentaria a demanda por dólares - fazendo assim seu valor subir em relação a moedas como o real. O Fed aguarda sinais de recuperação da economia dos EUA para subir os juros.
Interferência do BC
O Banco Central deu continuidade nesta manhã ao seu programa diário de interferência no câmbio, seguindo a rolagem dos swaps cambiais que vencem em novembro, vendendo a oferta total de até 10.275 contratos, equivalentes a venda futura de dólares. Até agora, o BC já rolou US$ 5,118 bilhões, ou cerca de metade do lote total, que corresponde a US$ 10,278 bilhões.