G1/LD
ImprimirO dólar fechou em alta nesta quinta-feira (24), após recuar nas três últimas sessões, voltando a ser negociado ao redor do patamar de R$ 3,65.
A moeda dos EUA subiu 0,62%, vendida a R$ 3,6471, após encerra a R$ 3,6248 na véspera. Na máxima da sessão chegou a R$ 3,6548. O dólar turismo é negociado a R$ 3,80.
As operações foram influenciadas pela cena doméstica, com a greve dos caminhoneiros prejudicando o abastecimento do país, e a cena externa voltando a ficar mais tensa.
"Até que se saiba o impacto da paralisação (dos caminhoneiros) na economia e nas contas públicas, o mercado fica mais cauteloso", afirmou à Reuters o diretor da mesa de câmbio da corretora Multimoney, Durval Correa.
A paralisação dos caminhoneiros entrou no quarto dia, com bloqueios em estradas de todo país que provocaram desabastecimento de produtos, apesar de a Petrobras ter anunciado na véspera redução de 10% dos preços do diesel nas refinarias por 15 dias.
"Há preocupação sobre mudança de rumo da Petrobras, se houve interferência do governo. O mercado não gosta dessa ingerência", comentou Correa.
Atuação do BC no câmbio
A ação mais pesada do Banco Central no mercado de câmbio ajudou a conter o movimento de alta do dólar frente ao real.
Nesta manhã, o BC vendeu o volume integral de até 15 mil novos swaps cambiais, equivalentes à venda futura de dólares, totalizando US$ 4,25 bilhões desde a semana passada, quando vendia por dia até 5 mil contratos.
A autoridade também vendeu integralmente a oferta de até 4.225 swaps tradicionais para rolagem do vencimento de junho, no total de US$ 5,650 bilhões. Com isso, já rolou US$ 5,016 bilhões. Se mantiver e vender esse volume diário até o final do mês, terá rolado integralmente os contratos que vencem no mês que vem.