\n \n O empresário Eike Batista fechou acordo com a alemã E.ON para vender 24,5%\n das suas ações na sua empresa de energia elétrica, a MPX Energia. \n \n O negócio foi anunciado em comunicado ao mercado, publicado nesta\n quinta-feira na CVM (Comissão de Valores Mobiliários). A operação prevê ainda\n uma oferta primária (emissão de ações ainda não existentes) de R$ 1,2 bilhão na\n companhia no segundo trimestre do ano, com o compromisso da E.ON de subscrever\n R$ 400 milhões a R$ 10 por ação. \n \n O anúncio ocorre em meio à queda no valor das ações do grupo. O dinheiro\n poderá ser utilizado para renegociar parte das dívidas e elevar o valor das\n garantias dadas aos bancos credores, já que elas ficaram\n "insuficientes" com a desvalorização das ações. O empresário dava os\n papéis das companhias como garantia dos empréstimos. \n \n Com o negócio, Eike deixa de ser o maior acionista individual da MPX,\n fundada em 2007. O empresário reduz a sua participação na empresa para 24%,\n enquanto a E.ON chega a 36% atualmente possui 11,7%. \n \n A alemã pagará um preço mínimo de R$ 10 por ação, que poderá ser ajustado em\n mais até R$ 1 por ação, dependendo do preço de liquidação do aumento de capital\n e da performance da ação nos seis meses seguintes à conclusão da transação. \n \n As empresas informaram que esperam concluir a primeira etapa da transação\n até o fim de abril deste ano, após a aprovação do Cade (Conselho Administrativo\n de Defesa Econômica). A segunda etapa, que consiste no aumento de capital,\n deverá acontecer nos meses seguintes. O BTG Pactual foi contratado para\n executar a oferta pública. \n \n O BNDESPar, que é acionista da MPX com 10,34% do capital, informou em nota\n na manhã de hoje que analisará a possibilidade de participação na oferta\n pública \n \n A MPX, que atua na geração de energia a partir de termelétricas e usinas\n eólicas e solares, possui cinco usinas em operação que somam 1.082 MW de\n capacidade instalada. A meta para este ano é alcançar 2.838 MW.\n \n \n