Economia
28/09/2012 11:51:43
Em ano de crise, superávit das contas públicas cai R$ 22,3 bilhões
Superávit das contas do setor público somou R$ 74,22 bilhões até agosto. Em igual período de 2011, esforço fiscal totalizou R$ 96,54 bilhões, diz BC.
G1/PCS
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\n \n Em\n um ano marcado pelos efeitos da crise financeira internacional, o chamado\n "superávit primário", que é a economia feita para pagar os juros e\n tentar manter a trajetória de queda da dívida pública, recuou R$ 22,3 bilhões\n no acumulado dos oito primeiros meses de 2012, segundo números divulgados nesta\n sexta-feira (28) pelo Banco Central.
De janeiro a agosto deste ano, o esforço\n fiscal do setor público consolidado (União, Banco Central, INSS, estados,\n municípios e empresas estatais) somou R$ 74,22 bilhões, com recuo de 23,1%\n frente a igual período do ano passado (R$ 96,54 bilhões).nbsp;\n \n A\n crise financeira internacional tem impacto mais forte nas contas públicas pelo\n lado da arrecadação. Com menos atividade econômica, a arrecadadação de impostos\n e contribuições federais também recua. Além disso, o governo promoveu\n desonerações para alguns setores da economia, como forma de estimular o\n crescimento econômico.\n \n "Isso\n se deve à dinâmica diferente da atividade neste ano.nbsp;Entramos [2012] com\n moderação de atividade, que vem desde o fim do ano passado. É um ano menos\n favorável em termos de obtenção de superávits. O cenário internacional e seus\n impactos na economia domestica se refletem nas receitas. E também temos as\n medidas anticíclicas, como desonerações em alguns segmentos [feitos pelo\n governo, como redução do IPI da linha branca e automóveis]", disse Tulio\n Maciel, chefe do Departamento Econômico do BC.\n \n Resultado de agosto
\n Somente em agosto, o superávit somou R$ 2,99 bilhões, o valor mais baixo para\n este mês em dez anos. Os números do governo federal mostram que o resultado\n positivo de agosto foi obtido somente por conta do pagamento de dividendos das\n empresas estatais, que somaram R$ 5,8 bilhões no mês passado. Sem a\n contribuição das estatais, portanto, as contas do governo teriam registrado\n déficit primário no mês passado.\n \n Meta anual
\n Com o esforço fiscal de R$ 74,22 bilhões dos oito primeiros meses deste ano, o\n setor público atingiu cerca de 53% da meta cheia de superávit primário isto\n é, sem abatimento dos gastos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) \n estabelecida para todo este ano, que é de R$ 140 bilhões.\n \n Deste\n modo, para cumprir a meta cheia de superávit primário, conforme objetivo que\n consta no orçamento da União deste ano, ainda falta um esforço fiscal de R$\n 65,7 bilhões entre setembro e dezembro de 2012, ou R$ 16,44 bilhões por\n mês.nbsp;\n \n Tulio\n Maciel, do Banco Central, disse, porém, que o resultado está dentro do\n programado. "Estamos prevendo uma retomada mais nítida da economia daqui\n pra frente. A perspectiva é que, a partir da retomada, estes resultados [das\n contas públicas] melhorem [com o aumento de arrecadação esperado]", disse\n ele.\n \n Em\n 12 meses até agosto, o resultado positivo somou R$ 106,3 bilhões, ou 2,46% do\n PIB. Em 2011, o setor público voltou a cumprir a meta cheia. Em 2009 e 2010,\n houve abatimento dos gastos do PAC para cumprir formalmente a meta.\n \n Juros da dívida pública e resultado nominal
\n Segundo o Banco Central, a apropriação de juros sobre a dívida pública somou R$\n 147 bilhões (5,09% do PIB) de janeiro a agosto deste ano, contra R$ 160\n bilhões, ou 5,91% do PIB, em igual período do ano passado. Após as despesas com\n juros, as contas registraram um déficit (pelo conceito "nominal" no\n jargão financeiro) de R$ 73,3 bilhões nos oito primeiros meses deste ano, o\n equivalente a 2,53% do PIB. Em igual período de 2011, o déficit nominal somou\n R$ 63,6 bilhões, ou 2,35% do PIB.\n \n Dívida líquida do setor público
\n A dívida líquida do setor público, indicador acompanhado com atenção por investidores,\n pois indica o nível de solvência (capacidade de pagamento) de um país, somou R$\n 1,52 trilhão, ou 35,1% do Produto Interno Bruto (PIB), em agosto deste\n ano.nbsp;\n \n Com\n isso, segundo o Banco Central, apresentou aumento frente ao patamar de julho,\n quando estava em R$ 1,50 trilhão, ou 35% do PIB. Em dezembro do ano passado, a\n dívida líquida somava R$ 1,50 trilhão, ou 36,4% do PIB naquele momento.\n \n \n
De janeiro a agosto deste ano, o esforço\n fiscal do setor público consolidado (União, Banco Central, INSS, estados,\n municípios e empresas estatais) somou R$ 74,22 bilhões, com recuo de 23,1%\n frente a igual período do ano passado (R$ 96,54 bilhões).nbsp;\n \n A\n crise financeira internacional tem impacto mais forte nas contas públicas pelo\n lado da arrecadação. Com menos atividade econômica, a arrecadadação de impostos\n e contribuições federais também recua. Além disso, o governo promoveu\n desonerações para alguns setores da economia, como forma de estimular o\n crescimento econômico.\n \n "Isso\n se deve à dinâmica diferente da atividade neste ano.nbsp;Entramos [2012] com\n moderação de atividade, que vem desde o fim do ano passado. É um ano menos\n favorável em termos de obtenção de superávits. O cenário internacional e seus\n impactos na economia domestica se refletem nas receitas. E também temos as\n medidas anticíclicas, como desonerações em alguns segmentos [feitos pelo\n governo, como redução do IPI da linha branca e automóveis]", disse Tulio\n Maciel, chefe do Departamento Econômico do BC.\n \n Resultado de agosto
\n Somente em agosto, o superávit somou R$ 2,99 bilhões, o valor mais baixo para\n este mês em dez anos. Os números do governo federal mostram que o resultado\n positivo de agosto foi obtido somente por conta do pagamento de dividendos das\n empresas estatais, que somaram R$ 5,8 bilhões no mês passado. Sem a\n contribuição das estatais, portanto, as contas do governo teriam registrado\n déficit primário no mês passado.\n \n Meta anual
\n Com o esforço fiscal de R$ 74,22 bilhões dos oito primeiros meses deste ano, o\n setor público atingiu cerca de 53% da meta cheia de superávit primário isto\n é, sem abatimento dos gastos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) \n estabelecida para todo este ano, que é de R$ 140 bilhões.\n \n Deste\n modo, para cumprir a meta cheia de superávit primário, conforme objetivo que\n consta no orçamento da União deste ano, ainda falta um esforço fiscal de R$\n 65,7 bilhões entre setembro e dezembro de 2012, ou R$ 16,44 bilhões por\n mês.nbsp;\n \n Tulio\n Maciel, do Banco Central, disse, porém, que o resultado está dentro do\n programado. "Estamos prevendo uma retomada mais nítida da economia daqui\n pra frente. A perspectiva é que, a partir da retomada, estes resultados [das\n contas públicas] melhorem [com o aumento de arrecadação esperado]", disse\n ele.\n \n Em\n 12 meses até agosto, o resultado positivo somou R$ 106,3 bilhões, ou 2,46% do\n PIB. Em 2011, o setor público voltou a cumprir a meta cheia. Em 2009 e 2010,\n houve abatimento dos gastos do PAC para cumprir formalmente a meta.\n \n Juros da dívida pública e resultado nominal
\n Segundo o Banco Central, a apropriação de juros sobre a dívida pública somou R$\n 147 bilhões (5,09% do PIB) de janeiro a agosto deste ano, contra R$ 160\n bilhões, ou 5,91% do PIB, em igual período do ano passado. Após as despesas com\n juros, as contas registraram um déficit (pelo conceito "nominal" no\n jargão financeiro) de R$ 73,3 bilhões nos oito primeiros meses deste ano, o\n equivalente a 2,53% do PIB. Em igual período de 2011, o déficit nominal somou\n R$ 63,6 bilhões, ou 2,35% do PIB.\n \n Dívida líquida do setor público
\n A dívida líquida do setor público, indicador acompanhado com atenção por investidores,\n pois indica o nível de solvência (capacidade de pagamento) de um país, somou R$\n 1,52 trilhão, ou 35,1% do Produto Interno Bruto (PIB), em agosto deste\n ano.nbsp;\n \n Com\n isso, segundo o Banco Central, apresentou aumento frente ao patamar de julho,\n quando estava em R$ 1,50 trilhão, ou 35% do PIB. Em dezembro do ano passado, a\n dívida líquida somava R$ 1,50 trilhão, ou 36,4% do PIB naquele momento.\n \n \n
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