\n \n Na\n tentativa de medir a temperatura nos bancos nesta virada de ano, o ministro\n Guido Mantega (Fazenda) chamou as oito maiores instituições financeiras que\n atuam no varejo para uma reunião fechada, ontem, em Brasília. \n \n Entre\n os temas discutidos no encontro que durou cerca de uma hora: a necessidade de\n os bancos privados retomarem de forma mais acelerada a concessão de empréstimos\n em 2013. \n \n O\n crédito é uma das principais apostas da presidente Dilma Rousseff para retomada\n do crescimento econômico que, este ano, deverá ficar em 1% segundo as próprias\n projeções oficiais. \n \n De\n acordo com relato de pessoas que participaram do encontro, Mantega fez uma\n avaliação de que 2012 foi um ano difícil, mas tentou passar uma mensagem\n positiva para 2013. \n \n Enfatizou\n que as perspectivas para o ano que vem são bem melhores, que vários projetos\n importantes --sobretudo na área de infraestrutura-- estão encaminhados e pediu\n colaboração das instituições financeiras. \n \n Na\n visão do governo, os bancos privados ficaram muito contidos na concessão de\n empréstimos ao longo do ano em função da crise externa e do aumento da\n inadimplência. Isso fez aumentar o peso das instituições oficiais na liberação\n de crédito, especialmente Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e BNDES. \n \n Para\n o ano que vem, o ministro espera que o setor privado recupere parte do espaço\n perdido, aliviando as instituições oficiais. \n \n Do\n lado dos banqueiros, o ministro ouviu preocupação com as novas regras que\n exigem mais capital dos bancos e que devem entrar gradualmente em vigor a\n partir do ano que vem, chamadas no jargão econômico de Basileia III. \n \n Há\n debates no governo para adiar a implementação das exigências que seguem padrão\n internacional, seguindo outros países como os Estados Unidos. O medo é que,\n neste momento, isso venha a ser um peso maior para os bancos e afete a\n concessão de empréstimos. \n \n EMBATE \n \n O\n encontro de Mantega com os banqueiros veio depois de um ano marcado por\n confrontos em torno da redução do custo e do aumento do volume dos empréstimos.\n \n \n Depois\n de embates envolvendo a Febraban, entidade que representa as instituições\n financeiras, Mantega quer reforçar a interlocução direta com os bancos\n privados. Para a reunião de ontem, o convite foi feito apenas para os\n presidentes das instituições. \n \n Nem\n todos puderam comparecer --apenas os presidentes de Itaú, Bradesco e Caixa\n Econômica estiveram presentes--, mas todos os outros --BB, Safra, Santander,\n HSBC e Citibank-- enviaram representantes. \n \n Do\n lado governo, participaram, além do ministro, o secretário-executivo do\n ministério, Nelson Barbosa, e o secretário de acompanhamento econômico, Antônio\n Henrique Silveira. nbsp;\n \n \n \n \n