Da assessoria/LD
ImprimirA receita com as exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul apresentou queda de 11,2% no acumulado de janeiro e fevereiro deste ano na comparação com o mesmo mês do ano passado, caindo de US$ 507,3 milhões para US$ 450,3 milhões, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems. A redução nas vendas para o exterior foi puxada pelos grupos “Complexo Frigorífico”, “Óleos Vegetais”, “Celulose e Papel” e “Couros e Peles” que proporcionaram, no comparativo com igual período de 2014, redução das receitas de US$ 51,8, US$ 17,8, US$ 8,0 e US$ 5,1 milhões, respectivamente.
Segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, mesmo com o resultado negativo, a participação do setor industrial sobre tudo o que foi exportado por Mato Grosso do Sul no ano atingiu 78%. “Apesar de a receita de US$ 170,8 milhões obtida em fevereiro ser a quarto melhor resultado já alcançado para o mês em toda a série histórica da exportação de produtos industriais, esse foi o pior resultado nos últimos cinco anos, indicando forte desaceleração das vendas externas do Estado em 2015”, analisou.
No detalhamento por grupos, a receita de “Papel e Celulose” totalizou US$ 164,5 milhões, indicando queda de 4,6% sobre igual período de 2014, quando as vendas foram de US$ 172,5 milhões. A redução verificada teve como principal influencia a diminuição do preço médio da tonelada de celulose e de outros papéis e cartões, bem como diminuição das compras em importantes mercados como Itália, Estados Unidos, Coreia do Sul e Reino Unido, que, somados, proporcionaram receita inferior em US$ 19 milhões, quando comparado com o mesmo período do ano passado.
No “Complexo Frigorífico”, a receita de exportação de janeiro a fevereiro de 2015 alcançou o equivalente a US$ 139 milhões, apontando queda de 27,1% sobre igual período do ano anterior, quando a receita havia sido de US$ 190,8 milhões. A redução observada se deu, principalmente, por conta da forte diminuição das compras em importantes mercados para as carnes de Mato Grosso do Sul, com maior peso para a Rússia, que sozinha foi responsável por uma redução superior a US$ 49,5 milhões. Na sequência, na mesma condição, aparecem o Irã, a Arábia Saudita e o Chile.
Quanto ao grupo “Couros e Peles”, a receita de exportação no período de janeiro a fevereiro de 2015 alcançou US$ 24,6 milhões, indicando queda de 17,1% sobre o mesmo intervalo de 2014, quando as vendas foram de US$ 29,7 milhões. A queda verificada foi influenciada, basicamente, pela redução das compras em importantes mercados como China, Itália e Hong Kong, que, somados, proporcionaram receita inferior em US$ 7,8 milhões.
Já o grupo “Óleos Vegetais” a extração fechou o período de janeiro a fevereiro de 2015 com receita equivalente a US$ 16,5 milhões, apontando queda de 52% sobre o mesmo intervalo de 2014, quando as vendas foram de US$ 34,3 milhões. O desempenho foi fortemente influenciado pela diminuição do preço médio da tonelada dos principais produtos do grupo, que são as farinhas e pellets, da extração do óleo de soja, e os bagaços e outros resíduos sólidos, da extração do óleo de soja. É importante ressaltar que também houve queda de 95% nas compras de tais produtos por parte da Holanda, que é o principal destino das vendas de Mato Grosso do Sul.