Economia
29/08/2014 06:37:12
FMI diminuirá previsão de crescimento para América Latina em 2014
"O últimos dados nos mostraram uma maior fraqueza que a esperada na grande maioria dos países da região", afirmou nesta quinta-feira em um seminário em Santiago o diretor para o Hemisfério Ocidental do FMI, Alejandro Werner.
EFE/PCS
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O\n Fundo Monetário Internacional (FMI) rebaixará em outubro sua previsão \n de crescimento da América Latina para este ano, situada originalmente em\n 2%, devido a um desempenho mais frágil da maioria das economias da \n região."O últimos dados nos mostraram uma maior fraqueza que a \n esperada na grande maioria dos países da região", afirmou nesta \n quinta-feira em um seminário em Santiago o diretor para o Hemisfério \n Ocidental do FMI, Alejandro Werner."Estamos\n tendo este ponto de inflexão no ciclo econômico da América Latina, onde\n aquelas economias que deveriam estar se comportando melhor, ainda não o\n fazem, e as que deveriam desacelerar, desaceleraram de maneira muito \n profunda", disse."Por isso estamos esperando um crescimento \n econômico para este ano menor a 2%, e uma recuperação apenas no ano que \n vem", acrescentou.Werner detalhou que as revisões em baixa se \n centrariam em países como Brasil, Chile, Peru, Argentina e Venezuela, \n enquanto Colômbia e México manteriam suas atuais previsões.O \n diretor do FMI explicou que a desaceleração da região se deve, em parte,\n a uma redução nas taxa de crescimento das exportações, inicialmente as \n de matérias-primas, a qual se somaram ainda fatores locais em cada um \n dos países.Werner precisou que, embora os valores dos produtos \n básicos de exportação da região sigam sendo elevados de uma perspectiva \n histórica, se produziu o fim de seu crescimento sustentado, que se \n manteve durante uma década pela forte expansão da China.O diretor\n do FMI também ressaltou que várias economias da região já alcançaram \n seus níveis potenciais de crescimento, com base em sua capacidade de \n produtividade, o que tornou-se evidente em alguns sinais de \n superaquecimento, por meio do déficit em conta corrente e algumas \n pressões inflacionárias."Estes são os fatores domésticos que \n afetam de maneira diferenciada a cada um dos países e explicam esta \n desaceleração um pouco sincronizada", comentou."Com uma \n perspectiva de médio prazo, nós vemos que o crescimento na América \n Latina para os próximos anos, com um marco de políticas estáveis, vai \n ser mais baixo que o que vimos na última década", sustentou."Para\n os próximos cinco anos, o crescimento dificilmente será próximo aos 4% \n que registramos (na última década), será mais próximo a uma média de \n 3%", projetou.Por estas razões, o diretor do FMI assinalou que \n "em toda a região, para melhorar a capacidade produtiva de médio prazo, é\n preciso fazer reformas estruturais"."Atualmente há mais uma \n falta de capacidade das economias de seguir crescendo à mesma \n velocidade. Para recuperar essa capacidade de crescer de maneira mais \n elevada em todo América Latina será preciso trabalhar em medidas que \n ajudem a que a capacidade produtiva das economias seja maior", \n assegurou.
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