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ImprimirOs gastos de brasileiros no exterior ficaram em 1,74 bilhão de dólares (cerca de 5,51 bilhões de reais) em agosto deste ano, segundo o Banco Central (BC). O valor superou o registrado no mesmo período do ano passado em 35%, quando os consumidores gastaram 1,29 bilhão de dólares (4,08 bilhões de reais).
Nos oito primeiros meses do ano, o brasileiro gastou 12,49 bilhões de dólares (cerca de 39,5 bilhões de reais), valor 35,3% maior do que em 2016, quando o Brasil havia contabilizado 9,18 bilhões de dólares (aproximadamente 29 bilhões de reais).
Enquanto isso, as despesas dos estrangeiros no Brasil caíram. Em agosto, o BC registrou 455 milhões de dólares (cerca de 1,44 bilhão de reais) em gastos no país, contra 602 milhões de dólares (cerca de 1,9 bilhão de reais) em igual período de 2016.
Com isso, a conta de viagens internacionais voltou a registrar déficit em agosto. No mês passado, a diferença entre o que os brasileiros gastaram lá fora e o que os estrangeiros desembolsaram no Brasil ficou negativa em mais de 1,29 bilhão de dólares (4,08 bilhões de reais). Em igual mês de 2016, o déficit nessa conta era de 690 milhões de dólares (2,18 bilhões de reais).
Déficit nas contas externas
As contas externas fecharam o mês de agosto com saldo negativo. O déficit em transações correntes, que são as compras e as vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do país com o mundo, ficou negativo em 302 milhões de dólares. No mesmo mês de 2016, o saldo negativo ficou em 648 milhões de dólares.
De janeiro a agosto, o déficit ficou em 3,013 bilhões de dólares, resultado bem menor do que em igual período de 2016: 13,086 bilhões de dólares.
No mês passado, a balança comercial ajudou a reduzir o déficit, ao apresentar superávit de 5,324 bilhões de dólares. Por outro lado, a conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros, entre outros) apresentou resultado negativo de 2,897 bilhões de dólares. A conta de renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) registrou déficit de 2,870 bilhões de dólares. A conta de renda secundária (renda gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) ficou positiva em 141 milhões de dólares.
Quando o país registra saldo negativo em transações correntes, precisa cobrir esse déficit com investimentos ou empréstimos no exterior. A melhor forma de financiamento do saldo negativo é o investimento direto no país (IDP), porque recursos são aplicados no setor produtivo do país. Em agosto, esses investimentos chegaram a 5,138 bilhões de dólares e acumularam 45,542 bilhões de dólares, nos oito meses do ano.