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ImprimirOs gastos de brasileiros no exterior em junho somaram US$ 1,64 bilhão, segundo informações divulgadas pelo Banco Central nesta quarta-feira (22). No mesmo mês do ano passado, as despesas haviam totalizado US$ 1,99 bilhão.
No acumulado do ano até junho, o patamar está em US$ 9,94 bilhões, uma queda de 20,1% frente aos gastos de US$ 12,44 bilhões registrados no mesmo período de 2014.
As despesas dos brasileiros em outros países foram maiores em junho do que em maio, quando somaram US$ 1,41 bilhão.
Nesse semestre de queda dos gastos, o dólar tem registrado alta. No mês passado, a moeda norte-americana caiu 2,4%. Em 2015, porém, o dólar teve alta de 19,3%. Nesta quarta-feira, o dólar opera em alta, negociado ao redor de R$ 3,20. Veja a cotação
O dólar mais alto encarece as passagens e os hotéis cotados em moeda estrangeira, além dos produtos comprados lá fora. A valorização da moeda norte-americana também encarece os gastos com cartões de crédito e débito no exterior – que sofrem a incidência, ainda, do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) de 6,38%. Ao mesmo tempo, outros fatores têm diminuído a renda das famílias, como a alta da inflação e de tributos, como aqueles sobre gasolina, empréstimos, cosméticos e bebidas. O nível de endividamento das famílias está elevado neste ano. Em abril, ele atingiu 46,3%, o maior percentual desde o início da pesquisa.
Histórico de gastos Em 2014, os gastos de brasileiros no exterior somaram US$ 25,6 bilhões – recorde para um ano fechado. No ano anterior, haviam somado US$ 24,98 bilhões, contra US$ 22,2 bilhões em 2013. Em 2011, as despesas dos nossos turistas lá fora haviam totalizado US$ 21,2 bilhões.
Até 1994, quando foi criado o Plano Real para conter a hiperinflação no país, os gastos de brasileiros no exterior não tinham atingido a barreira dos US$ 2 bilhões. Mas, naquele ano, quando o real foi equiparado ao dólar, as despesas somaram US$ 2,23 bilhões. Entre 1996 e 1998, elas oscilaram entre US$ 4 bilhões e US$ 5,7 bilhões.
Com a maxidesvalorização cambial de 1999 e o dólar ultrapassando R$ 3 em um primeiro momento, as despesas lá fora também ficaram mais caras. Os gastos voltaram a recuar e ficaram, naquele ano, próximos de US$ 3 bilhões.