Correio do Estado/PCS
ImprimirNa contabilidade do governo de Mato Grosso do Sul, as despesas apresentam melhor desempenho que as receitas. No acumulado de janeiro a maio deste ano, entraram R$ 4,932 bilhões nos cofres estaduais, valor 3,53% menor que os R$ 5,113 bilhões de igual período de 2014.
Já os gastos somaram, no mesmo comparativo, R$ 4,798 bilhões em 2015 e R$ 4,369 bilhões no ano passado, avanço de 9,81%. Os números foram informados pela Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz).
Com essas trajetórias desiguais, o superávit (diferença entre as receitas e as despesas) caiu 82% – em outras palavras, o governo está elevando os gastos em ritmo muito acima ao do avanço das receitas.
O encolhimento da receita é justificada pelo titular da Sefaz, Márcio Monteiro, como decorrente do cenário de retração econômica. Para ele, os empresários estão reduzindo os investimentos por estarem menos confiantes na economia nacional. “A piora das expectativas dos empresários sobre o comportamento da economia é o principal problema”, avalia. “Isso provoca redução da atividade econômica e queda da arrecadação”, acrescenta.
A receita menor é agravada pela elevação dos gastos. Enquanto os valores que entraram nos cofres do Estado caíram, em números absolutos, R$ 180,577 milhões, os desembolsos majoraram em R$ 428,782 milhões. As contas do governo estadual continuam superavitárias, mas a distância entre receitas e despesas diminuiu acentuadamente.
Em 2014 (janeiro a maio), as receitas superavam em R$ 743,359 milhões as despesas. Nos mesmos meses deste ano, essa diferença recuou para R$ 134 milhões. A queda é de 82%.