Sábado, 23 de Novembro de 2024
Economia
15/04/2014 11:00:53
Governo propõe salário mínimo de R$ 779,79 para 2015
O governo federal propôs que o salário mínimo, que serve de referência para mais 45 milhões de pessoas no Brasil, suba dos atuais R$ 724 para R$ 779,79 a partir de janeiro de 2015.

G1/LD

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O governo federal propôs que o salário mínimo, que serve de referência para\n mais 45 milhões de pessoas no Brasil, suba dos atuais R$ 724 para R$ 779,79 a\n partir de janeiro de 2015.\n \n O percentual de correção do salário mínimo, pela proposta do governo, será\n de 7,71% no próximo ano.\n \n A informação consta na proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO),\n divulgada nesta terça-feira (15) pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e\n Gestão. O documento está sendo enviado hoje ao Congresso Nacional.\n \n O que estava previsto antes
\n Em 2012, o governo previa que o salário mínimo superasse a barreira dos R$ 800\n em 2015. Mas o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) ficou abaixo do que o\n governo esperava naquela época, o que vai resultar em uma alta menor do mínimo.\n \n A explicação é que a correção do salário mínimo é definida pela variação do\n INPC (índice de inflação calculado pelo IBGE) do ano anterior ao reajuste,\n somada ao aumento do PIB de dois anos antes, o que proporciona ganhos reais –\n acima da inflação – para os assalariados. Essa fórmula foi mantida em 2011 pelo\n Congresso.\n \n Em abril de 2012, na proposta da LDO do ano seguinte, o governo previa que o\n salário mínimo somaria R$ 803,93 no começo de 2015. Em março do ano passado, a\n estimativa do Executivo para o valor do salário mínimo do próximo ano já havia\n recuado para R$ 778,17 – subindo agora para R$ 779,79.\n \n Último ano da fórmula atual
\n Pelas regras atuais, o ano de 2015 será o último no qual será adotada a atual\n fórmula de correção do salário mínimo, ou seja, variação da inflação do ano\n anterior e do PIB de dois anos antes. Isso foi definido pelo Congresso Nacional\n no início de 2011.\n \n Para manter esse formato de correção, o novo governo, que toma posse no\n próximo ano, terá de submeter novamente uma proposta para apreciação do\n Congresso Nacional - que também contará com novos integrantes. O formato também\n pode ser alterado, aumentando os ganhos para os trabalhadores, ou, também,\n diminuindo.\n \n Nova decisão sobre correção
\n Para o economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Mansueto\n Almeida, a decisão sobre a fórmula de correção do salário mínimo não é econômica,\n e sim política. "O governo tem mostrar o custo disso e levar o debate para\n o Congresso [em 2015]. É um tema bastante complicado", avaliou.\n \n Ele disse que a atual fórmula (inflação mais variação do PIB nominal)\n permitiu um aumento real (acima da inflação) de 72% para o salário mínimo nos\n últimos dez anos, o que contribuiu para diminuir as desigualdades sociais no\n Brasil. Por outro lado, acrescentou o economista, o reajuste real do mínimo\n impactou as contas públicas – com aumento de gastos com previdência,\n seguro-desemprego e assistência social – diminuiu a produtividade da indústria\n e pressionou a inflação.\n \n "É um tema supercomplicado. No calendário eleitoral, o debate tende a\n ficar parado, esperando o próximo ano. Onbsp; presidente tem de levar para o\n Congresso e explicar para a sociedade se quer continuar com a regra atual. É\n uma decisão legítima, mas que tem custos. Qualquer regra tem custos",\n declarou Mansueto Almeida.
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