\n \n Em Mato Grosso\n do Sul, os pecuaristas vem ofertando mais animais aos frigoríficos no primeiro\n trimestre do ano. Eles dizem que o motivo é a má condição da pastagem.\n \n Nos últimos meses, as chuvas não foram suficientes para recuperar o capim e\n agora com a aproximação do outono, a umidade do campo deve diminuir ainda mais.\n \n Para diminuir os gastos com a suplementação do rebanho é necessário\n comercializar os animais. Além dos machos, os pecuaristas estão vendendo também\n as fêmeas.\n \n Dos 1.800 bovinos criados em uma propriedade, 60% são vacas. Há uma semana,\n o dono vendeu um lote com 60 matrizes e não pretende manter os outros animais\n no pasto por muito tempo. A intenção é descartar, pelo menos, metade do\n rebanho.\n \n Em três meses, Delcídio Baseggio vendeu 180 bovinos, o dobro de animais que\n ofertou no mesmo período do ano passado.\n \n A grande oferta de bois no mercado influencia no preço da arroba. No estado\n de São Paulo, a cotação esta semana ficou em torno de R$ 92, enquanto no mesmo\n período do ano passado, valia R$ 110. Em Mato Grosso do Sul também houve queda, a arroba\n está sendo comercializada por R$ 89, R$ 9 a menos do que o praticado há um ano.\n \n O pecuarista Rui Fachini, do município de Sidrolândia, se diz preocupado com\n a situação. “Com o atraso nas chuvas, nós tivemos problemas de pasto e por isso\n começamos a descartar animais mais velhos para desafogar um pouco a fazenda”,\n explica.