\n \n Os\n produtores de Mato Grosso do Sul estão preocupados com a grande incidência de\n buva, uma planta invasora que pode comprometer a produtividade das lavouras de\n soja.\n \n A\n planta, considerada uma praga pelos produtores, está infestada em grande parte\n das terras depois que o milho safrinha foi colhido. A buva é a espécie de\n planta invasora que mais preocupa os produtores porque em 2005 sofreu uma\n mutação genética e tornou-se mais resistente aos herbicidas, o tornou mais\n difícil o controle.\n \n Segundo\n o Agrônomo da Embrapa Germani Concenço, a planta, que era eliminada com a\n aplicação de glifosato, precisa de uma combinação de herbicidas para ter o mesmo\n efeito. “No pré-plantio, tanto em áreas mais infestadas como em áreas que\n tiveram uma cobertura de inverno, deve-se fazer uma boa dessecação química”,\n diz.\n \n A\n eliminação da buva, que se alastra facilmente, custa caro ao produtor. Na\n propriedade do agricultor Cláudio Guerra são gastos de R$ 15 a R$ 20 por hectare. Para\n dar tempo de eliminar a planta, o plantio da soja é escalonado. Os mil hectares\n foram divididos em cinco áreas de plantio. As sementes da soja são lançadas no\n prazo de 10 dias após a pulverização do herbicida. Deixar a buva na terra é\n prejuízo certo. As plantas são concorrentes ao desenvolvimento da soja.\n \n O\n trabalho de dessecação começou logo que as primeiras mudas apareceram na\n propriedade do agricultor Leopoldo Pozzi. Na área de 300 hectares, em Ponta Porã, onde ele\n cultivou trigo na safrinha, a aplicação dos herbicidas foi feita de forma\n gradativa. Na opinião do produtor, a rotatividade das culturas também ajuda no\n combate da buva.\n \n De\n acordo com o agrônomo da Embrapa, Germani Concenço, outra forma de prevenção é\n o plantio da safrinha consorciado com algum tipo de gramínea, como o capim\n brachiaria, por exemplo. As plantas vão proteger o solo e evitar o desenvolvimento\n da buva. Em áreas altamente infestadas com a buva, o agrônomo recomenda uma\n segunda aplicação de herbicida, dez dias após a primeira, para reforçar a\n eliminação da planta.\n \n \n