Domingo, 20 de Abril de 2025
Economia
16/12/2015 17:19:00
Indústria da construção civil tem retração de 8% e projeção de mais queda em 2016

Correio do Estado/AB

Imprimir

A indústria da construção civil teve, em 2015, retração de 8% sobre o valor da produção, se comparado com o ano passado. Segundo a Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), o valor diminuiu de R$ 2,7 bilhões para R$ 2,5 bilhões.

De acordo com o presidente do Sindicato Intermunicipal da Indústria da Construção de MS (Sinduscon/MS), Amarildo Miranda Melo, o resultado frustrou a expectativa do setor, que era de crescimento de 4,5%.

Ainda conforme o presidente da entidade, o segmento da construção civil no Estado, considerado um dos mais importantes do setor industrial, não projeta avanço para 2016, prevendo que a queda continue. “Fatores como insegurança jurídica, além da instabilidade política e econômica afugentam os investidores e tornam o ambiente pouco propicio aos negócios. Dificuldades com o Minha Casa Minha Vida e PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) aliadas ao excesso de burocracia têm tornado o cenário ainda mais complicado”, declarou.

O presidente do Sinduscon/MS analisa que o cenário ruim de 2015 foi reflexo da retração registrada na economia nacional e que culminou com a paralisação de grandes obras em todo o território nacional, incluindo o Estado, onde a fábrica de nitrogenados em Três Lagoas parou, causando muitas demissões e provocando um saldo negativo na geração de empregos, que foi iniciado em 2014 e se agravou em 2015. “O cenário econômico atual conduz os empresários a agirem com cautela. Acreditamos que 2016 será de estagnação”, declarou.

VIRADA

Apesar das dificuldades, o sindicato acredita numa possível reversão deste cenário negativo a partir de 2017, mas isso dependerá de ações do governo. “Entendemos que se o Governo intensificar as PPPs (Parcerias Público-Privadas) e ter novas concessões para rodovias, portos e aeroportos podemos vislumbrar novos investimentos e dar mais ânimo para o segmento da indústria da construção civil”, declarou Amarildo Melo.

COMENTÁRIO(S)
Últimas notícias