\n \n Apesar da tendência de alta dos preços no curto prazo, a inflação\n está sob controle no país, avaliou o diretor de Política Econômica do Banco\n Central (BC), Carlos Hamilton Araújo. \n \n “A inflação em\n 12 meses ainda apresenta tendência de elevação no curto prazo e o balanço de\n riscos para o cenário se apresenta desfavorável”, disse. Mas, para o diretor,\n “a inflação no Brasil está sob controle e vai continuar sob controle”. \n \n De acordo com o\n Relatório de Inflação, divulgado hoje (27) pelo BC, a inflação, medida pelo\n Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve fechar este ano em\n 6%. Essa projeção está acima do centro da meta (4,5%) e abaixo do limite\n superior (6,5%). \n \n Para tentar\n conter a alta dos preços, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a\n taxa Selic em 0,25 ponto percentual, em abril, e intensificou o ajuste em maio,\n quando os juros básicos subiram 0,5 ponto percentual para 8% ao ano. \n \n Segundo o\n diretor, “em momentos como o atual, a política monetária deve se manter\n especialmente vigilante, de modo a minimizar riscos de que níveis elevados de\n inflação como o observado nos últimos doze meses persistam no horizonte\n relevante”. \n \n O diretor\n ressaltou que inflação baixa e estável é um pré-condição para o crescimento\n sustentável do país. Segundo ele, a inflação elevada reduz a confiança de\n famílias, investidores e empresários e o horizonte de planejamento. Araújo\n citou ainda a redução do emprego, da renda e do consumo, além de haver maior\n concentração de renda, em períodos de alta da inflação. \n \n Araújo disse\n ainda que a experiência brasileira mostra que nos períodos com inflação elevada\n houve menor crescimento econômico. De 1980 a 1985, com a inflação média anual em\n 147,1%, a variação real do Produto Interno Bruto (PIB) ficou em 2,6% (média).\n Já entre 2004 e 2012, com inflação a 5,5%, o PIB cresceu 3,9%, na média. \n \n \n \n \n